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Desconfiar é a principal orientação para evitar cair no golpe do bilhete premiado Estelionato antigo e muito conhecido ainda tem feito vítimas, especialmente idosos

Uma simples abordagem solicitando alguma informação pode ser o início de um golpe já clássico, mas que ainda faz vítimas no Rio Grande do Sul. Há décadas, o golpe do bilhete premiado tem lesado pessoas, especialmente idosos, mobilizando a Polícia Civil gaúcha. Com o trabalho das autoridades e a conscientização da população, a incidência desse tipo de estelionato reduziu consideravelmente, mas ainda exige atenção.

Entre as ações recentes, a Delegacia de Polícia de Ibirubá prendeu um homem em flagrante enquanto aguardava que a vítima realizasse uma transferência bancária, evitando um prejuízo de R$ 60 mil. Dias antes, outra tentativa de golpe na mesma cidade poderia ter resultado em um prejuízo de R$ 100 mil.

No golpe do bilhete premiado, a tática não mudou muito ao longo dos anos. Segundo o delegado Venicios Demartini, da Draco de Passo Fundo, geralmente uma pessoa de aparência humilde aborda a vítima pedindo orientação ou informação. Depois, um segundo indivíduo, com boa aparência, se insere na conversa e diz que vai ajudar, confirmando o suposto prêmio do bilhete junto à Caixa Econômica.

A vítima, agradecida, oferece uma parte do prêmio em dinheiro, transferências ou saques bancários, que são entregues aos criminosos. Após obter os valores, os golpistas somem, deixando a vítima lesada. Hoje, as transferências bancárias dificultam o rastreio, pois os valores são rapidamente movimentados para outras contas.

O delegado Demartini explica que o golpe do bilhete premiado tem origem em Passo Fundo, onde estelionatários transmitem “conhecimentos” para gerações futuras. Muitos atuam exclusivamente nesse golpe há mais de uma geração. A Draco e a 2ª DP de Passo Fundo se especializaram nas investigações e orientam outras delegacias pelo país, permitindo um combate articulado e eficaz.

Dicas para evitar o golpe
As autoridades reforçam que a prevenção depende da atenção das vítimas e da comunicação com a polícia.

  • Registre boletim de ocorrência o quanto antes e acione a Brigada Militar se possível.
  • Informe características dos suspeitos e veículos usados.
  • Caso haja transferência bancária, tente reverter a operação com o banco.
  • Desconfie de promessas de dinheiro fácil e, em caso de dúvida, contate familiares ou autoridades.
  • Atenção se os golpistas forem insistentes ou tentarem impedir contato com terceiros.

Denúncias podem ser feitas na Delegacia Online.

Reportagem: Redação
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