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Deputados do PSOL cobram explicações de ministérios sobre autorização para avião misterioso dos EUA pousar no RS A cobrança partiu de três deputados federais do PSOL

Reprodução/YouTube Frogfoot Media

Os ministérios da Defesa e dos Portos e Aeroportos terão de prestar esclarecimentos sobre a entrada em território brasileiro de uma aeronave militar dos Estados Unidos que pousou no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, na terça-feira (19). A cobrança partiu de três deputados federais do PSOL, que protocolaram requerimentos questionando a natureza da missão e a justificativa para a autorização do pouso.

O pedido é liderado por Fernanda Melchionna (RS) e conta também com as assinaturas de Glauber Braga (RJ) e Sâmia Bomfim (SP). Os parlamentares solicitam informações detalhadas sobre se houve solicitação formal do governo americano para a operação, quais foram os termos desse pedido e qual a finalidade da presença da aeronave em solo brasileiro.

O avião em questão é um Boeing 757, configurado para missões especiais e frequentemente associado a operações da CIA. O modelo, identificado como C-32B, não possui marcações externas que facilitem sua identificação e é usado em deslocamentos de militares de elite, agentes de inteligência e em operações consideradas de caráter reservado. A aeronave pousou em Porto Alegre no fim da tarde e, algumas horas depois, seguiu viagem para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Os deputados também querem saber quem eram os passageiros, quantos desembarcaram e se houve transporte de equipamentos ou cargas. Outro ponto levantado é se a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi notificada previamente, se o plano de voo foi apresentado de acordo com as normas brasileiras e quais documentos foram entregues para autorizar a entrada do avião no país.

O requerimento destaca ainda que, caso alguma das informações seja classificada como sigilosa, os ministérios deverão justificar formalmente o motivo. “A presença de aeronave pertencente à força aérea estrangeira em território nacional, sem informações públicas claras acerca de sua missão, levanta preocupações relevantes que merecem ser sanadas”, afirma o texto encaminhado ao Executivo.

Embora o governo brasileiro tenha confirmado que o pouso foi autorizado, a falta de transparência em torno da missão ampliou o debate político em Brasília. O episódio adiciona pressão sobre as pastas envolvidas, que agora terão de explicar se o caso se tratou de uma operação diplomática rotineira ou de uma movimentação com caráter especial, como sugerem os parlamentares.

 

Fonte: O Sul

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