Um documento confirmando consenso entre os 15 comandantes de bombeiros do Estado em torno da separação da categoria da Brigada Militar foi entregue ao Comando Geral, para que seja repassado ao governador Tarso Genro. De acordo com o coordenador das Associações dos Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs), Ubirajara Ramos, a unanimidade entre os oficiais, que ocorre um mês depois do incêndio no Mercado Público da Capital e seis meses depois da tragédia que matou 242 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria, é inédita na história da corporação.
Ubirajara salientou que, além dos coronéis dos bombeiros, a medida também é apoiada entre comandantes responsáveis pelo policiamento ostensivo. A Abergs entende que, independentemente de qualquer projeto que vá a plenário sobre a separação, o mais importante é o aval do governador, que deve adotar um posicionamento.
Os bombeiros dizem que desde a Constituição de 1988, que permitiu o desmembramento, muitos estados aderiram e conquistaram incrementos. A queixa é de que no Rio Grande do Sul há um déficit de 40% no quadro de pessoal.
Padrões internacionais sugerem que o ideal para cidades com 1 milhão de habitantes é de um bombeiro para cada mil pessoas. O cenário atual em Porto Alegre, com população superior, é de um bombeiro para cada cinco mil.
A postura do governador é pela autonomia tanto da Brigada Militar quanto do Corpo de Bombeiros, sem necessariamente desvinculá-los.
Fonte: Rádio Guaíba.
