A mobilização internacional para ajudar asvítimas do terremoto que já deixou mais de 1 mil mortos neste sábado no Nepal se organiza rapidamente, embora as agências humanitárias ainda não tenham conseguido calcular exatamente as necessidades no local. “Tratamos de avaliar a amplitude da catástrofe”, disse um integrante da ONG Médicos do Mundo, que tem uma equipe no Nepal, mas que enfrenta dificuldades de acesso à área afetada, já que a maioria das telecomunicações foram interrompidas na região.
Voluntários e funcionários da Cruz Vermelha no Nepal ajudam a buscar eventuais sobreviventes e a atender os feridos, disse a organização em comunicado. “O banco de sangue da Cruz Vermelha de Katmandu também abastece as instalações médicas da capital”, afirmou, ressaltando que as reservas no país são “limitadas” e que será pedida a colaboração de seus escritórios em Kuala Lumpur e Dubai.
De acordo com testemunhas, o terremoto provocou a queda da torre histórica de Dharhara, uma das atrações turísticas da capital do país. Cerca de dez corpos foram retirados das ruínas, segundo um fotógrafo da AFP. As comunicações, a eletricidade e a água corrente foram cortados, informou a ONG Oxfam, que “se prepara para fornecer água potável e artigos de primeira necessidade”, segundo a sua diretora no Nepal, Cecilia Keizer.
A ONG francesa Ação contra Fome também afirmou que enviou às áreas afetadas equipes “para avaliar a amplitude dos danos e necessidades”. “Apoio e assistência”, Esse terremoto, de magnitude 7,8, foi o que mais deixou vítimas no Nepal desde 1934, provocando reações imediatas de apoio internacional.
Os Estados Unidos anunciaram o envio de uma equipe de resgate e o desbloqueio de uma primeira parcela de um milhão de dólares para ajudar as vítimas, anunciou a agência americana de ajuda USAID. O Reino Unido prevê enviar na noite deste sábado uma equipe de especialistas em reação a catástrofes humanitárias. “A prioridade absoluta deve ser identificar as pessoas presas sob os escombros, dar abrigo e proteção àqueles que perderam suas casas”, disse a secretária de Estado de Transportes, Justine Greening.
Israel anunciou que enviará uma delegação militar com “profissionais médicos, de salvamento, logística e de assistência à população”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acrescentou em um um comunicado que a delegação oferecerá “os meios necessários para que os israelenses no Nepal voltem à Israel”. A Comissão europeia informou o envio de especialistas e disse que está avaliando uma possível ajuda financeira. O presidente russo Vladimir Putin expressou suas “condolências” ao presidente do Nepal, Ram Baran Yadav, assim como o presidente chinês Xi Jinping, que avisou que pretende “oferecer assistência”.
A chanceler alemã Angela Merkel, que se disse “comovida pela magnitude da catástrofe e pelo grande número de vítimas”, também enviou suas condolências ao primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala, enquanto o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, disse que “a Alemanha está disposta a fazer tudo o que puder para oferecer ajuda nesses momentos difíceis” O presidente François Hollande declarou que a França está disposta a “responder às demandas de apoio e assistência” que o Nepal apresentar.











