Grupo Planalto de comunicação

A mordaça dos delegados de polícia civil

Desde o anúncio do parcelamento dos salários, os delegados de polícia civil do RS, não disponibilizam as ocorrências policiais para serem divulgadas à sociedade gaúcha. Como nos tempos de exceção eles resolveram quebrar uma regra histórica e democrática da polícia civil gaúcha que é divulgar os registros que são efetuados nas delegacias. Erraram completamente o alvo. A imprensa e a sociedade não têm culpa pelo parcelamento dos seus subsídios, que não são baixos. Com a mordaça aplicada à sociedade, fica a impressão de que a segurança está bem, que nada está acontecendo. Entrevistado na Rádio Planalto AM, o delegado regional Paulo Videla Ruschel, disse que não há o que fazer porque foi uma decisão sindical da categoria.

A decisão equivocada da classe está rendendo a antipatia da comunidade na internet, como esse comentário feito pelo advogado de Passo Fundo, Celso Gonçalves, que já foi, inclusive, capitão da Brigada Militar, carrega a experiência de quem já atuou no comando da segurança pública:

“Pois ouço e leio órgãos de Imprensa se queixando que não têm acesso a ocorrências policiais, não podendo, assim, noticiá-las. Em tempos de paralisações, greves, ou o que seja, ocultarem-se fatos delituosos não me parece uma boa política, qualquer que seja a pretensão que a embase. Afinal, se em tempos de normalidade do serviço as ocorrências são dadas a conhecer à população que, por aí, tem uma base das questões da (in)Segurança, em tempos de greve não havendo publicação poder-se-á entender que nada de irregular acontece. E aí os perigos: os de ou nem se notar a greve, ou concluir que sem o serviço policial a sociedade se vira melhor … “

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