O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (26) que o Brasil não aceitará ser tratado como “subalterno” nas negociações comerciais com os Estados Unidos. A declaração foi dada na segunda reunião ministerial do ano, em reação às tarifas impostas pelo governo Donald Trump.
Segundo Lula, o país está aberto ao diálogo, mas precisa ser respeitado: “Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém”, disse.
Ele ainda orientou os ministros a destacarem em seus discursos a soberania brasileira: “Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo e ofensas, petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia”.
Durante a reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, apresentou dados sobre o impacto das medidas. Hoje, 35,6% das exportações brasileiras aos EUA estão sob tarifa de 50%. Outros 41,3% enfrentam taxas de 10%, enquanto setores como aço, alumínio e cobre são taxados em 50%, e automóveis e autopeças em 25%.