Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), o corpo encontrado dentro de uma mala na Estação Rodoviária de Porto Alegre pertence à mesma vítima cujos braços e pernas haviam sido localizados em uma sacola de lixo na Zona Leste da cidade, no mês passado. A confirmação ocorreu por exame de DNA, cujo laudo já foi entregue à Polícia Civil. A vítima é uma mulher de cerca de 50 anos, ainda sem identidade revelada.
O caso tem sido tratado pela polícia como de extrema crueldade. O delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios, destacou que o autor do crime demonstrou habilidade incomum no desmembramento do corpo, o que reforça o caráter bárbaro da ação. “Certamente a pessoa que fez isso detém essa habilidade, ou pela parte médica ou veterinária ou pela prática de lidar com carnes. Os cortes foram limpos, feitos com perícia, o que tornou mais fácil o desmembramento”, afirmou o delegado.
Imagens de câmeras de segurança já estão sendo analisadas e mostram um homem deixando a mala no setor de guarda-volumes da rodoviária no dia 20 de agosto. O nome e o CPF registrados para retirada da bagagem estão sob sigilo, mas a polícia apura a ligação do destinatário com o crime.
De acordo com o supervisor do setor de guarda-volumes, Henrique Zamora Rodrigues, a mala permaneceu no local por 12 dias até ser aberta, após fortes odores chamarem a atenção dos funcionários. “Agora no fim de semana, por causa do calor, começou a exalar cheiro ali dentro, e hoje estava insuportável. Quando abrimos, vimos que havia sacos pretos com partes humanas, e acionamos imediatamente a polícia”, relatou.
O caso gera grande repercussão pela brutalidade e pelo planejamento do criminoso, que teria agido de forma calculada ao abandonar a mala no terminal, utilizando inclusive dados falsos para dificultar a investigação. A Polícia Civil segue com diligências para identificar o suspeito e esclarecer os motivos do crime.
Reportagem: Redação
Grupo Planalto de Comunicação
*G1