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Saiba quem era a mulher encontrada esquartejada em mala na rodoviária de Porto Alegre Familiares e amigos lembram de brasília costa, vítima do chamado "crime da mala"

Foto: Arquivo pessoal

Brasília Costa, identificada como a mulher encontrada esquartejada dentro de uma mala na rodoviária de Porto Alegre, tinha 52 anos, trabalhava como manicure e era descrita por familiares e amigos como uma pessoa reservada, de poucas palavras e que prezava por sua liberdade.

Ela se casou jovem, aos 20 anos, mas se divorciou e seguiu a vida de forma independente. “Ela preferia ter a liberdade dela, viver sozinha, fazer as coisas que gosta”, contou a amiga de infância Clair Bonneau.

O irmão Manoel, que mora em Brasília, relatou que tentou convencer a irmã a voltar para a cidade natal em junho. “Brasília, vem pra cá, a gente te cuida aqui”, disse ele. A resposta dela foi negativa, justificando que tinha um amigo que a ajudava em tudo.

Esse amigo seria Ricardo Jardim, publicitário de 66 anos, com quem ela mantinha relacionamento desde que se conheceram em um abrigo durante a enchente de 2024. Jardim já havia sido condenado em 2018 a 28 anos de prisão por matar a própria mãe e ocultar o corpo em concreto.

Segundo a cunhada e melhor amiga, Raquel Costa, Brasília e Ricardo haviam terminado em outubro de 2024, mas reataram há cerca de cinco meses. “Ela não queria apresentar ele de jeito nenhum. Parecia que ele tinha problema com os filhos, com a mãe… ela disse que ele não gostava nem de ir no mercado”, relatou Raquel.

Nos últimos meses, familiares notaram mudanças no comportamento de Brasília. A manicure costumava passar os finais de semana na casa da cunhada, mas deixou de frequentar o convívio familiar. A ausência no aniversário da sobrinha, em agosto, causou estranhamento. Ela chegou a justificar, por mensagem, que estaria viajando para o Nordeste com Ricardo, e do celular dela foram enviadas fotos de João Pessoa. A polícia, no entanto, suspeita que as mensagens foram escritas pelo suspeito.

Amigos de Jaguarão, onde ela cresceu, também notaram o afastamento. Clair Bonneau contou que chegou a enviar felicitações de aniversário em 3 de setembro, mas não recebeu resposta. “Uma pessoa boa, meiga, falava pouco, ria muito… uma amiga de verdade”, disse a vizinha da infância.

Foto: Ricardo Jardim, de 66 anos, foi preso na quinta-feira (4)

As investigações agora se concentram em localizar a cabeça da vítima, fundamental para a identificação completa e para esclarecer a causa da morte. A polícia também deve periciar o celular de Brasília e outros aparelhos apreendidos, a fim de confirmar quem enviava mensagens em nome dela e investigar possíveis movimentações financeiras ligadas ao caso.

Reportagem: Redação
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