O governo do Rio Grande do Sul estima encerrar 2026 com déficit primário de R$ 5,5 bilhões, segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) entregue nesta segunda-feira (15) pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa. Já o déficit orçamentário, que inclui operações financeiras e juros da dívida, está projetado em R$ 3,8 bilhões, quase R$ 1 bilhão a mais que o previsto para 2025.
Apesar do cenário negativo, o orçamento do próximo ano eleitoral prevê dobrar os valores destinados a emendas parlamentares. Cada deputado estadual passará a contar com R$ 4 milhões — metade para projetos de saúde, como compra de equipamentos e reformas em hospitais — elevando a rubrica de R$ 110 milhões para R$ 220 milhões.
Leite justificou a medida como forma de valorizar o papel dos parlamentares. “Eles conhecem demandas e necessidades da população que o governador não conhece”, disse. Criadas em 2019, as emendas estaduais começaram com R$ 1 milhão por deputado e foram sendo ampliadas até chegarem à nova cota prevista para 2026.
Na entrega da LOA, no Palácio Piratini, o governador também apresentou um relatório com reformas e medidas adotadas em 2025 para tentar equilibrar as contas públicas. O documento foi elaborado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) em conjunto com demais secretarias e órgãos do Estado.