A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na manhã desta quarta-feira (30) o calendário do futebol profissional masculino brasileiro para a temporada de 2026 e o planejamento até 2029, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
O evento contou com a abertura do presidente da CBF, Samir Xaud, que destacou que o calendário nacional era uma das prioridades de sua gestão, e com a apresentação do diretor de Competições, Julio Avellar, que apresentou as mudanças.
“O processo de elaboração do novo calendário foi amplamente debatido. A CBF ouviu clubes, federações, representantes do mercado, e contou com a colaboração de diversas áreas internas. Aqui, quero especialmente fazer um agradecimento às federações, pela compreensão e parceria. Foi um trabalho coletivo, técnico e transparente. 2026 ainda será um ano de transição, mas toda caminhada precisa de um primeiro passo. Este primeiro passo será dado hoje”, afirmou o presidente da CBF, Samir Xaud.
O principal objetivo é garantir mais racionalidade e equilíbrio ao calendário, oferecendo mais jogos à base da pirâmide do futebol brasileiro, e reduzir o número de partidas disputadas pelos clubes da Série A.
Confira as novidades:
– Aumento o número de participantes da Copa do Brasil e diminuiu o número de datas para clubes da Série A;
– Redução nos campeonatos estaduais de 16 para 11 datas, com manutenção do período de duração de 11 de janeiro a 8 de março);
– Reformulação e ampliação as vagas para a Série C, a partir de 2027, e a Série D, já no próximo ano;
– Calendário específico para os campeonatos regionais, sem sobrepor os campeonatos estaduais, adotando um novo formato para a Copa Verde, retomando a Copa Norte e criando a Copa Centro-Oeste, além da criação da Copa Sul-Sudeste;
– Manutenção do formato e antecipação dos começos das Séries A e B, que serão paralisadas durante a Copa do Mundo Masculina;
– Definição que clubes participantes de competições continentais não disputem torneios regionais.
Em 2024, os 20 clubes da Série A estiveram entre os 21 com mais jogos no ano em todo o mundo, dos quais sete disputaram pelo menos 70 partidas: Red Bull Bragantino, Corinthians, Flamengo, Fortaleza, Athletico-PR, Atlético-MG e Botafogo. Ampliando o recorte para os 40 que mais entraram em campo, times do Brasil jogaram, em média, 67,4 partidas, e os demais deste escopo, 57,2.
Impactos projetados com o novo calendário:
– Redução de até 15% no número de partidas por temporada de clubes da Série A;
– Aumento de 26% em clubes com divisão nacional;
– Criação de 82 novas vagas para competições organizadas pela CBF;
– Ampliação do investimento em competições para R$ 1,3 bilhão;
– Salto de 11% na quantidade de jogos organizados pela CBF;
– Participação das 27 Federações Estaduais em competições regionais.
O calendário:
- Estaduais (início em 11 de janeiro e término em 8 de março);
- Copa do Brasil (início em 18 de fevereiro e término em 6 de dezembro);
- Série A (início em 28 de janeiro e término em 2 de dezembro, com campeonato sendo jogado durante todo o ano);
- Série B (início em 21 de março e término em 28 de novembro, estendendo a duração do campeonato e possibilitando o aumento do recesso para jogadores);
- Série C (início em 5 de abril e término em 25 de outubro);
- Série D (início em 5 de abril e término em 13 de setembro);
- Copa Sul Sudeste (início em 25 de março e término em 7 de junho, período exclusivo para a competição);