Em meio aos diversos desafios econômicos enfrentados por países, estados e municípios, o Rio Grande do Sul avança na construção de um novo modelo de desenvolvimento, que alia geração de investimentos à preservação ambiental e à adaptação às mudanças climáticas.
Um ano após o lançamento, o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do RS se firma como diretriz estratégica para transformar a economia gaúcha em uma estrutura mais resiliente, inovadora e voltada à descarbonização.
A divulgação do Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa, em 30 de outubro, revelou que o Estado reduziu 26,8% das emissões líquidas e 23,1% das emissões brutas entre 2021 e 2023. Esses resultados refletem políticas públicas consistentes que integram desenvolvimento e sustentabilidade, como a transição energética e o estímulo à geração de energia limpa.
Crescimento sustentável e segurança para o futuro
Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), em parceria com a Casa Civil, o Plano de Desenvolvimento Econômico representa uma iniciativa visionária para redefinir a trajetória de crescimento do Rio Grande do Sul.
Baseado em um diagnóstico detalhado dos principais desafios do Estado, o plano se estrutura sobre três pilares — crescimento econômico, inclusão social e sustentabilidade — e cinco habilitadores: capital humano, ambiente de negócios, inovação, infraestrutura e recursos naturais. Esses eixos orientam o projeto de reconstrução de um Estado mais forte e preparado para o futuro.
“O Rio Grande do Sul está mostrando que é possível crescer emitindo menos. O plano traz uma visão de futuro que une competitividade, inovação e sustentabilidade. Ao tornar nossa economia mais resiliente, estamos também protegendo a renda, o emprego e a vida das pessoas”, destaca o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
Sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas
No centro dessa estratégia está o habilitador de recursos naturais, que tem como foco aumentar a resiliência climática e promover a descarbonização. A partir dele, o plano articula ações voltadas à proteção da base produtiva, ao enfrentamento de eventos extremos e ao fortalecimento de cadeias econômicas de baixo carbono.
Entre as principais iniciativas, destacam-se:
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Fomento a práticas agropecuárias sustentáveis;
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Fortalecimento e aumento da produtividade do setor agropecuário;
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Criação do Plano de Resiliência Climática;
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Implementação do Plano Estadual Unificado de Transição Energética e Descarbonização;
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Elaboração do Plano de Segurança Hídrica;
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Investimentos em tecnologias para antecipação de desastres naturais;
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Criação de protocolos de resposta rápida a emergências climáticas.
Avanços e investimentos estratégicos
Entre as ações implementadas, duas se destacam pela conexão direta entre crescimento econômico e sustentabilidade ambiental:
Iniciativa 38 – Plano Estadual de Transição Energética e Descarbonização:
Com investimento superior a R$ 100 milhões, o Rio Grande do Sul lançou o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde (H₂V), tornando-se o primeiro Estado brasileiro a fomentar a descarbonização industrial. A seleção das empresas vencedoras do edital, anunciada em 31 de outubro, reforça o compromisso com a neutralidade climática e o desenvolvimento sustentável, estimulando a geração de empregos, renda e inovação tecnológica.
Iniciativa 40 – Tecnologias preditivas para antecipação de desastres:
A implantação de uma rede hidrometeorológica estadual, com 130 estações de monitoramento, permitirá captar dados sobre rios, chuvas, ventos e temperatura. Trinta unidades já estão instaladas, e o sistema completo entra em operação em dezembro, com acesso público via plataforma da Agência Nacional de Águas. A medida amplia a capacidade do Estado de antecipar eventos extremos e proteger vidas, patrimônios e a infraestrutura produtiva.
Uma política de Estado para o futuro
Institucionalizado pelo Decreto nº 58.274, de 22 de julho de 2025, o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável consolida-se como política de Estado, com metas de longo prazo e integração entre setores. Seu propósito é garantir que o crescimento econômico venha acompanhado de redução das desigualdades, geração de empregos e respeito ao meio ambiente, assegurando um futuro mais seguro, competitivo e sustentável para o Rio Grande do Sul.










