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Professora filmada agredindo aluno com pilha de livros em Caxias do Sul é solta e usará tornozeleira eletrônica Leonice Batista dos Santos, 49 anos, foi solta após quase três meses presa por agredir uma criança de 4 anos em sala de aula

Imagem disponível nas redes sociais

A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu liberdade provisória à professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, presa desde 22 de agosto por agredir um aluno de 4 anos em uma escola de educação infantil de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. A decisão, expedida no dia 10 de novembro pela juíza responsável pelo caso, impõe medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

A professora responde por maus-tratos contra quatro crianças. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul informou que o processo está atualmente na 5ª Vara Criminal da Comarca de Caxias do Sul e segue na fase de alegações finais, etapa anterior ao julgamento.

O caso ocorreu em 18 de agosto, quando câmeras de segurança da escola registraram Leonice gritando com o menino e, em seguida, o atingindo com uma pilha de livros. O impacto foi tão forte que a criança perdeu um dente e teve outros cinco comprometidos. Após o episódio, a professora tentou limpar o rosto do aluno e o levou para outro local, segundo mostram as imagens.

Inicialmente, a educadora disse aos pais que o menino havia caído no banheiro e batido a boca. No entanto, ao levarem o filho a uma dentista, os pais ouviram que as lesões não condiziam com uma queda. Diante da suspeita, pediram à escola as gravações das câmeras de segurança, que confirmaram a agressão.

A Escola Infantil Xodó da Vovó, onde o caso aconteceu, demitiu a professora imediatamente após assistir às imagens e acompanhou os pais até a delegacia para registrar o boletim de ocorrência. Em nota, a direção afirmou que segue à disposição das famílias e reforçou o compromisso com o cuidado e o bem-estar das crianças.

O menino se recupera, mas ainda enfrenta limitações alimentares e emocionais. Segundo os pais, ele precisou usar aparelho dentário e teve a alimentação restrita a papinhas e comidas amassadas. A família relata que a criança ficou traumatizada e teme barulhos ou situações de estresse.

“O pior de tudo é ver o filho da gente tendo que almoçar de canudo. Isso é o que mais dói. Ele é um inocente”, disse o pai.

A defesa da professora não se manifestou sobre a decisão da Justiça. Quando foi presa, Leonice permaneceu em silêncio durante o interrogatório, e o advogado afirmou que provaria sua inocência.

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