A Tribuna Popular da sessão plenária desta quarta-feira (19) recebeu a professora Edivânia Rodrigues da Silva, do projeto “Ocupar: mulher, terra e luta”. O convite partiu do gabinete da vereadora Marina Bernardes (PT).
“Hoje ocupo essa tribuna para que a voz de muitos e muitas, silenciados e invisibilizados, possa ser ouvida nessa cidade”, iniciou Edivânia, que trouxe informações acerca do número de moradores em ocupações. “Não ter uma casa deixa visível a desigualdade social que acontece em nosso país e que também acontece em Passo Fundo. Somos mais de 14 mil moradores em ocupações”.
Edivânia também falou sobre o projeto do qual faz parte, ressaltando as frentes de atuação. “O projeto Ocupar, ao longo de 5 anos, tem colocado as lideranças, as mulheres, no centro de suas ações. Fizemos enfrentamento à violência, ao desemprego e ao medo. Nos reunimos uma vez por mês para estudar, fortalecer nossos territórios e alimentar os nossos sonhos”.
A proximidade com o dia 20 de novembro também foi pauta em sua fala. Edivânia lembrou da importância de se construir uma cidade antirracista. “Reconhecemos que alguns vereadores e a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial têm se dedicado à pauta, mas estamos longe de ter uma agenda de combate ao racismo estrutural, ao racismo ambiental, bem como às desigualdades territoriais. A luta antirracista não é uma data comemorativa, é um compromisso ético, histórico e político; por isso não basta ser contra o racismo, precisamos construir uma cidade antirracista”.
Ao final, Edivânia declarou que o projeto seguirá trabalhando em busca de seus objetivos. “Este grupo seguirá construindo pautas, narrativas e sonhos pelo direito à existência e a construir história.”











