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Bloqueio de “gatonet” atinge btv e outros 21 serviços de pirataria Operação realizada na Argentina derruba plataformas usadas por milhões de brasileiros

Uma nova onda de bloqueios atingiu serviços conhecidos como “gatonet” e “IPTV pirata”, incluindo o popular modelo de TV box BTV e aplicativos como Red Play, Blue TV e Cine Duo. A interrupção, que começou no último fim de semana, ocorreu após uma operação conduzida na Argentina, apontada como um dos principais polos de marketing da pirataria na América Latina.

Nas redes sociais e em plataformas de reclamação, usuários brasileiros relatam a indisponibilidade dos serviços, com mensagens de erro como o código 503 (“Service Unavailable”), que indica servidores fora do ar.

A ação derrubou até o momento 22 serviços e foi coordenada pela Procuradoria Federal de Crimes Cibernéticos de San Isidro, em Buenos Aires. Esta é a segunda grande operação do tipo, após uma primeira ofensiva registrada em novembro.

A nova investida ocorreu com apoio da Alianza (associação da indústria audiovisual) e da La Liga (liga de futebol da Espanha). Informações preliminares apontam que mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas em vários países. A Alianza estima que Red Play e BTV tinham mais de 75% de usuários brasileiros.

A investigação revelou que, embora administração, finanças e TI ficassem sediadas na China, o escritório em Buenos Aires era responsável pelo marketing e pelas vendas globais. Estima-se que o grupo movimentava anualmente entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. No auge, chegou a ter 8 milhões de clientes, sendo 4,6 milhões somente no Brasil.

As TV boxes piratas utilizam versões modificadas do sistema Android, com aplicativos que dão acesso irregular a conteúdos de streaming e TV por assinatura mediante pagamento mensal, semestral ou anual. Por pagarem pelo serviço, muitos consumidores acreditam se tratar de uma plataforma legal. Isso fica evidente no grande volume de reclamações em sites como o ReclameAqui e até mesmo em tentativas de contato com a Anatel para relatar instabilidades.

A Anatel reforça que TV boxes piratas não são homologadas e não passam pelos testes de segurança exigidos pela agência, representando risco ao consumidor.

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