Na manhã desta quarta-feira, dia 17, trabalhadores dos Correios realizam uma manifestação em frente à agência localizada na Rua Morom, esquina com a Rua Cel. Chicuta, no Centro de Passo Fundo. A mobilização marca o início de uma greve por tempo indeterminado, decidida após assembleia nacional da categoria, com paralisação iniciada às 23h de terça-feira.
Em entrevista à Rádio Planalto News, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios – sub-sede Passo Fundo, Gelson Luís Zapello, afirmou que a categoria está há cerca de 140 dias sem acordo coletivo, com data-base em agosto, e que a empresa não avançou nas negociações. Segundo ele, o movimento não reivindica reajuste salarial, mas a manutenção de direitos já conquistados.
Entre os principais pontos citados estão o plano de saúde, benefícios relacionados às férias, o vale extra de final de ano e o fechamento de agências — mais de mil em todo o país, conforme o sindicato. Zapello também destacou que o déficit da empresa, estimado em bilhões de reais neste ano, é resultado de gestão e não pode ser repassado aos trabalhadores.
A sub-sede de Passo Fundo abrange municípios como Erechim, Lagoa Vermelha, Guaporé e Soledade, reunindo entre 300 e 400 funcionários. De acordo com o sindicato, cerca de 80% dos trabalhadores aderiram à greve, o que deve impactar atendimentos e entregas. As agências seguem abertas, porém com quadro reduzido, e as entregas domiciliares ocorrem de forma limitada.
Ao final, o dirigente pediu compreensão da população e reforçou que a paralisação é uma medida extrema diante da retirada de direitos e da ausência de diálogo. A categoria aguarda a retomada das negociações para a resolução do impasse.
