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Rossetto é eleito relator da CPI dos Pedágios

O deputado estadual Miguel Rossetto (PT), líder da bancada PT/PCdoB, foi eleito relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o modelo de pedágios proposto pelo governo Eduardo Leite no Rio Grande do Sul. A CPI irá analisar os Blocos 1, 2 e 3 das concessões rodoviárias e os impactos econômicos e sociais das tarifas previstas. Na primeira reunião, nesta sexta-feira (19/12), a CPI também definiu o deputado Capitão Martim (Republicanos) como vice-presidente.

Rossetto afirmou que o modelo apresentado impõe pedágios “caríssimos” e desproporcionais, com forte impacto sobre a população e a economia regional. “Há um enorme desequilíbrio entre o benefício que esse modelo oferece e o custo que impõe à sociedade. São tarifas que desintegram regiões e encarecem a vida das famílias, dos caminhoneiros e da produção”, criticou.

O parlamentar citou exemplos concretos do aumento das tarifas, como o trecho Erechim–Passo Fundo, onde o valor pago pelos usuários pode saltar de cerca de R$ 4,90 para R$ 30. Para caminhões de três eixos, há casos em que o custo pode subir de aproximadamente R$ 30 para até R$ 200. “Isso é inaceitável. Não podemos aceitar pedágios que inviabilizam a economia das regiões”, afirmou.

Rossetto ressaltou que a população tem direito a estradas seguras e em boas condições, mas defendeu que existem alternativas ao modelo proposto pelo governo. Segundo ele, a CPI irá investigar por que recursos públicos anunciados pelo próprio Executivo — cerca de R$ 3 bilhões para os Blocos 1 e 2 — não podem ser utilizados diretamente em investimentos, sem impor tarifas tão elevadas aos usuários. Entre as alternativas, o deputado citou o uso de fundos públicos e outras formas de financiamento.

Como relator, Rossetto garantiu que a CPI fará um debate amplo e rigoroso, com a convocação de órgãos como DAER e EGR, além de concessionárias, secretários de Estado e representantes do governo. “Vamos fazer um trabalho sério, tecnicamente consistente, para proteger a comunidade de tarifas abusivas e, ao mesmo tempo, apresentar soluções para uma infraestrutura de transporte segura e adequada”, disse.

A próxima reunião da CPI será no dia 5 de janeiro, às 14 horas, para apresentação e votação do plano de trabalho. A expectativa do relator é de que sejam realizadas até duas reuniões semanais dentro do prazo de 120 dias.

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