Garantir mais agilidade e transparência na prestação dos serviços básicos de saúde à população está entre os objetivos do vereador Claudio Luiz Rufa Soldá (Progressistas) ao protocolar uma Indicação sugerindo a adoção de um programa eletrônico para agendamento de consultas em Passo Fundo. A Central de Consultas estaria vinculada a Secretaria Municipal de Saúde, com um sistema que contemple o prontuário eletrônico do paciente. A pauta vai de encontro à proposta de trabalho do parlamentar, pois, conforme enfatiza, sua “bandeira sempre foi a saúde pública, pela qual sempre briguei”.
Segundo explica, o cidadão ainda procuraria a unidade de saúde em busca do atendimento, mas, após os procedimentos habituais, entraria em uma lista pública centralizada, a qual teria acesso para acompanhar os prazos a partir daí. “Muitos questionam e ficam sem entender os critérios adotados para os agendamentos de consultas e exames, sendo que este processo precisa ser mais ágil e eficiente, facilitando o acesso da população”, defende o parlamentar. “Atualmente, a pessoa vai ao CAIS consultar, o médico atende, e, se necessário, eles colocam no sistema o encaminhamento para o exame ou outra consulta com especialista, mas o paciente não sabe onde está na fila. Que ele possa ter acesso a essas informações. Geraria mais transparência”, diz ele, ao citar que, hoje em dia, o avanço tecnológico permite esse tipo de gestão centralizada e mais clara.
A tecnologia a ser adotada não é indicada pelo vereador no texto, cabendo ao município a escolha. No entanto, conforme relaciona Rufa, o método não seria de todo novidade para a Prefeitura, pois ele sugere que seja adotada uma estratégia semelhante à usada na Central Municipal de Vagas da Educação, que é responsável pela designação dos estudantes que buscam vagas nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Passo Fundo. “Seria como uma central de vagas, mas da saúde. Com toda a tecnologia que temos hoje, é possível”, considera.
Articulação junto ao Executivo
A Indicação foi a ferramenta adotada para a apresentação da proposta, pois um eventual Projeto de Lei sobre o tema partindo do Legislativo seria inconstitucional, visto os custos de implementação. Com isso, a Indicação serve como sugestão ao Executivo, que não é obrigado a adotá-la.
Entretanto, o vereador Rufa cita que recebeu um retorno positivo da Prefeitura. Na resposta enviada a ele, a Secretaria Municipal de Saúde o informou que esta solução tecnológica já está em análise, em fase final, para que seja lançado um edital de seleção. Informou ainda que, em fevereiro, foi iniciada a confirmação de consultas por meio de whatsApp.
Foto e arte: Comunicação Digital/CMPF