Nessa
quinta-feira(29), ocorreu uma reunião da Associação dos Cerealistas do Rio
Grande do Sul(ACERGS), em Passo Fundo,
ontem em a sua sede. O encontro contou com a presença do
presidente da Associação Brasileira dos Cerealistas, Jerônimo Goergen,
ex-deputado federal.
O presidente da
ACERGS, Roges Pagnussat(foto), disse que
a entidade se solidifica cada vez mais indo para seu 20º ano de fundação e
agregando cada vez mais cerealistas. Ele
destacou o papel dos empresários na orientação técnica ao produtor, levando
informações sobre a escolha da semente e dos insumos para busca de melhores
rendimentos em suas lavouras. Ao falar
sobre as secas dos últimos três anos, destacou que o produtor rural,
principalmente o gaúcho é muito resiliente, desbravador e empreendedor, sempre encontra um meio para se recuperar de crises. Uma delas foi o
projeto duas safras que incrementou a produção de trigo no último inverno. Não esconde, no entanto, que a situação é difícil, com a combinação de
safras fracassadas de soja e milho, preços baixos nesse último ano e custo de
produção elevado.
Uma das
principais dificuldades dos cerealistas é a construção de novos armazéns. O
Brasil tem capacidade para armazenar apenas a metade de sua produção. O Plano Safra, por exemplo, não contempla
essa categoria, apenas pessoas físicas e cooperativas. Quando o cerealista precisa construir um novo silo ele vai ao
banco buscar financiamento com juros de
ate 18% ao ano. Jerônimo Goergen, mesmo
não sendo mais deputado, articula a aprovação de um projeto de sua autoria na
Câmara Federal, que insere as cerealistas no Plano Safra. A capacidade de armazenamento do país é fator
primordial para o país, tanto para a
segurança alimentar como para a competitividade nas exportações. Sem condições de armazenamento, aumenta a
oferta de produtos nos portos nos períodos de colheita e derruba os preços
porque caem os prêmios.