Em 2023, o número de transplantes do Rio Grande do Sul teve aumento de 20%. Em Passo Fundo, esse aumento também foi percebido e existe uma expectativa ainda maior, devido à informação das pessoas.
Para tratar sobre o tema, a Rádio Planalto News recebeu Angélica Kuffel, enfermeira responsável pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital de Clínicas.
Angélica explicou que a doação de órgãos tem que ser um tema debatido entre os familiares. Essa doação só será feita após o protocolo vigente apontar morte encefálica e com a aceitação dos familiares. “As pessoas deveriam deixar isso muito claro, porque quem vai dizer sim ou não é a família. É assim que funciona no Brasil” pontuou.
A enfermeira salientou que a doação de tecidos (pele, ossos e córneas) encontra resistência pela ideia de que o doador vá ficar “mutilado”, o que de fato não ocorre. “O corpo é novamente reestruturado, pois sabemos que existe esse mito” disse.
Outro fator que causa a negativa da doação é o tempo de espera para os protocolos, o que varia de caso para caso – de poucas horas a até dois dias.
Portanto, para ampliar ainda mais o número de doações, a enfermeira acredita na informação, conscientização e campanhas. Além disso, a introdução do tema ainda na educação ajudaria, avalia Angélica. Fatos como o transplante de coração do apresentador Fausto Silva também chamam a atenção para a causa.