Repercutimos, nesta coluna semanal, uma interessante reflexão da autora Ryana Gonçalves sobreo uso das redes sociais com etiqueta.
“Ultimamente, temos passado mais tempo no convívio social cibernético do que no convívio social pessoal. Aqui adivinhamos emoções, não há toque, não há olhares silenciosos cheios de significados, não há presença, não há corpo. Há apenas o teclado, o mouse, a tela, o curtir, ou compartilhar, o tweetar, retweetar, participar, excluir, bloquear, responder, perguntar.
Apesar de serem espaços sociais diferentes, igualmente vale a etiqueta que aprendemos em casa antes de sair para o mundo. Todos têm suas manias, receios, ideias, caráter, costumes e essa coisa toda, mas todos devem ser, acima de tudo, RESPEITADOS. Assim como há aquele que nunca postam nada, existe a menina que se expõe demais, para ela, pode não ser exagero, mas para os outros, sim.
Vale o mesmo para caso inverso: existem pessoas sem noção de ambos os sexos, ignorem as estatísticas. Não tem essa de mulher trair menos, homem é mais cafajeste. Aqui é todo mundo igual. Junta a quantidade de gente sem noção, de puritanos, de revolucionários, de revoltados, de ignorantes e de ignorados. Cada um tem algo a dizer, sempre.
Na realidade, o chato começa quando um reclama de algo, daí aparece o fulano reclamando do que o ciclano está reclamando, e um monte de gente começa a reclamar dos dois que estão reclamando, uns começam a reclamar dos outros, e daí já aparecem outros status reclamando… e eu estou reclamando dessa gente que, como eu, só reclama e não faz nada.
Vamos trocar ideias? Porque reclamar não acrescenta em nada, só desabafa e daqui a pouco o vazio do desabafo vira mais reclamação, chateação e falta do que fazer.
Mas aparece um ser reclamando daquele que posta algo produtivo, que reclama daquele que não posta algo produtivo, segue reclamando, e assim por diante.
Ah, a etiqueta das redes sociais! Que complicada de se entender. Quanto mais a gente tenta colaborar, parece que mais piora. Pedir perguntas no Ask não significa se expor totalmente, compartilhar no Facebook não significa que concorda plena e totalmente com o que está escrito (todos têm o direito de achar legal, simplesmente), curtir não significa “dar em cima” e assim por diante.
Temos de entender que, assim como temos nossas preferências e manias, também há pessoas com suas particularidades, ter uma rede social não significa mostrar sua intimidade para o mundo. Ninguém é obrigado a nada.
E sabe o que é uma boa etiqueta, um comportamento muito refinado? Educação. Sim, apreciam-se a boa educação, o respeito e a igualdade. Isso faz falta. Assim como faz falta um bom diálogo frente a frente e sair para dar uma pedalada num dia de sol. Pense nisso!”
Autora: Ryana Gonçalves