Um importante movimento ambiental vem ganhando força na região de Nicolau Vergueiro, na busca pela preservação dos peixes e pela proteção do ecossistema local. O grupo “Amigos da Barragem”, formado por ambientalistas e pescadores, trabalha há cerca de cinco anos em ações de recuperação e preservação da fauna aquática na barragem. O foco do projeto tem sido a proteção das espécies locais e a manutenção do equilíbrio ambiental da área, que tem sido afetada por práticas de pesca predatória.
Nos últimos dias, o movimento encontrou um novo desafio. Pescadores esportivos, com carteirinha que os autorizaria a pescar de forma legal, começaram a utilizar redes para capturar peixes na barragem. Mesmo com a autorização oficial para a prática da pesca, o uso das redes tem se mostrado uma ameaça ao ecossistema local. Estima-se que, semanalmente, até meia tonelada de peixes estavam sendo retirados da barragem, colocando em risco o equilíbrio ambiental da região e a sobrevivência das espécies.
Diante desse cenário, os “Amigos da Barragem” buscaram apoio legal para impedir a pesca com redes no local, independentemente da licença dos pescadores. A mobilização resultou em uma conquista significativa. Na última reunião da Câmara de Vereadores de Nicolau Vergueiro, foi aprovada, por unanimidade, uma lei municipal que proíbe o uso de redes na barragem, mesmo por pescadores que possuam carteirinha de pesca esportiva. A medida foi comemorada como uma vitória importante para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade local.
As ações do grupo, no entanto, não param por aí. O movimento pretende ampliar essa proibição para outros municípios da região, que também sofrem com o impacto da pesca predatória. Na próxima segunda-feira, dia 3 de março, um novo ato de apoio à causa será realizado em Ernestina, onde um grupo de manifestantes, incluindo caiaquistas, estará presente em frente à Câmara de Vereadores. O objetivo é sensibilizar os representantes locais e a população para a importância da preservação ambiental e da fiscalização das atividades pesqueiras na região.
Além de Ernestina, os ativistas também planejam ações em Ibirapuitã, Passo Fundo e Marau. Em cada uma dessas cidades, o grupo irá organizar manifestações com o apoio de pescadores e ambientalistas, com o intuito de pressionar as autoridades a implementarem leis semelhantes de restrição à pesca com rede.
A luta pela preservação dos recursos naturais e pela sustentabilidade do ecossistema local é um reflexo da crescente conscientização sobre os impactos da pesca predatória e do desrespeito às normas ambientais. A ação de Nicolau Vergueiro, em particular, serve de exemplo para outras regiões que enfrentam problemas semelhantes e abre um caminho para futuras conquistas em prol da biodiversidade e da proteção dos recursos hídricos.
Essa mobilização é, sem dúvida, uma vitória para aqueles que lutam pela preservação da natureza e pelo equilíbrio ambiental, e os organizadores estão confiantes de que a medida tomada por Nicolau Vergueiro será o ponto de partida para uma mudança significativa na região.
