O Juiz de Direito Orlando Faccini Neto, da 2ª Vara Criminal de Passo Fundo, decretou a prisão preventiva de Anderson de Azevedo Salomão, 32 anos, dono de imobiliária de Passo Fundo, acusado de golpes milionários ao vender imóveis.
O magistrado acolheu o pedido da Polícia Federal, corroborado pelo Ministério Público, que denunciou o corretor por induzir os clientes ao erro a fim de obter vantagem ilícita quando procuravam os serviços da empresa Azevedo e Salomão Empreendimentos Imobiliários LTDA de Passo Fundo. A denúncia relata 8 estelionatos e 4 crimes de uso de documento falso.
Na denúncia, consta que durante a negociação, os imóveis das vítimas eram repassados para terceiros, mediante falsificação de documentos. Sem que fosse transferido o valor referente à alienação dos imóveis aos donos originais.
Na condição de corretor das vítimas, o réu teria, em tese, obtido vantagens ilícitas em negócios imobiliários, envolvendo quantia superior a R$ 11 milhões. Segundo a investigação policial, era frequentemente viso desfilando pelas ruas da cidade em veículos de luxo. Possivelmente mantidos às custas do locupletar-se dos imóveis pertencentes a seus clientes, deixando de efetivar sua contraprestação, demonstrando com isso elevado grau de desvio de comportamento, analisou o Juiz, afirmando não haver dúvida sobre a gravidade dos fatos narrados na denúncia.
“Numa palavra derradeira, há que se conceber que o Direito Penal não é campo em que apenas os miseráveis incidem. E há que se saber que quando delitos são praticados por pessoas mais bem aquinhoadas pela vida, aí também haverá de empreender-se a atuação estatal, sem tibieza.”
O Juiz decretou a prisão do corretor para a garantia de ordem pública, da ordem econômica e por conveniência da instrução criminal. Determinou também a citação dos acusados no processo para que, no prazo de 10 dias, respondam as acusações. O réu foi preso na tarde da última quarta-feira,24, pela Polícia Federal, em Balneário Camboriú, sendo trazido para o Presídio Regional de Passo Fundo onde permanece a disposição da justiça.
Fonte Tribunal de Justiça
Foto Álvaro Henkes