Setor avícola comemora reabertura do mercado europeu após foco de gripe aviária no RS
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo Cardoso, classificou como “de grande relevância” a reabertura do mercado europeu às importações de frango e peru do Brasil, interrompidas desde maio, após a confirmação de um foco isolado de influenza aviária em uma granja localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A União Europeia anunciou a retomada das compras na segunda-feira, 22, com o regulamento entrando em vigor a partir de terça-feira, 23. No entanto, a autorização já vale para produtos brasileiros com data de produção a partir de 18 de setembro.
Para o Rio Grande do Sul, que foi o estado onde ocorreu o foco da doença, a liberação para exportação ocorrerá de forma escalonada. As exportações gaúchas só serão retomadas a partir de 2 de outubro, e, especificamente para a região da granja afetada, em Montenegro, a liberação será válida a partir de 16 de outubro, abrangendo um raio de dez quilômetros ao redor da propriedade.
Embora a União Europeia represente apenas 4% do volume total exportado pelo Brasil, ficando atrás de mercados como Ásia e Oriente Médio, Cardoso destaca a importância estratégica do bloco europeu para produtos de valor agregado. Segundo ele, a Europa é uma grande importadora de filé de peito de frango, corte de alto valor no mercado internacional.
“A reconquista da União Europeia é algo que fará a diferença nas nossas exportações. Isso demonstra ao mundo que, mesmo diante de desafios sanitários, o Brasil soube agir com responsabilidade, adotando medidas eficazes e reconhecidas internacionalmente”, afirmou o dirigente.
Cardoso reforça que a diversificação de cortes e a capacidade do setor em atender diferentes exigências globais são trunfos que fortalecem a competitividade da avicultura brasileira.
