O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (5) um conjunto de medidas para aumentar a segurança do sistema financeiro nacional, em resposta a ataques cibernéticos recentes contra instituições financeiras. As novas regras, aprovadas pela diretoria da autarquia, estabelecem controles mais rígidos, reforço na proteção digital e maior rastreabilidade das operações.
Entre as mudanças, está a limitação de transferências feitas por empresas sem autorização formal para atuar como instituições de pagamento. A intenção é dificultar o uso de organizações irregulares em esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes digitais.
Outra alteração importante é a exigência de aprovação prévia para a entrada de novas instituições no mercado. O processo será mais rigoroso e exigirá comprovação de capacidade técnica, estrutura operacional e sistemas de segurança adequados. Também passa a ser obrigatória a apresentação de certificação técnica para operar plenamente, abrangendo tanto os processos internos de tecnologia da informação quanto os mecanismos de defesa contra ataques cibernéticos.
Em coletiva, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que as invasões recentes foram articuladas pelo crime organizado e não por grupos isolados de hackers. Ele destacou que tanto bancos tradicionais quanto fintechs foram alvo e que todos os atores do sistema precisam reforçar sua proteção.
As medidas começam a valer de forma escalonada nos próximos meses e serão acompanhadas por fiscalizações periódicas. O Banco Central informou que continuará monitorando o ambiente digital e poderá adotar novas ações caso as ameaças cibernéticas aumentem.










