O Brasil está preparando medidas para contestar a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, que entrará em vigor em 1º de agosto, anunciada recentemente pelo presidente Donald Trump. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou durante a inauguração de um viaduto na Região Metropolitana de São Paulo neste domingo (13) que o país está planejando uma resposta à medida através de uma lei de reciprocidade aprovada pelo Congresso.
“O Congresso aprovou uma lei chamada de reciprocidade, determinando que o que eles tarifam lá, nós tarifamos aqui. Esta lei precisa ser regulamentada, o que esperamos que ocorra amanhã ou terça-feira”, explicou Alckmin.
Ele destacou que o aumento das tarifas não se justifica, especialmente porque os Estados Unidos têm um superávit comercial com o Brasil. Alckmin também mencionou que não há impostos cobrados sobre oito dos dez principais produtos americanos exportados para o Brasil, e que o aumento das tarifas poderia prejudicar os consumidores americanos.
Como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin enfatizou a importância da estabilidade nas relações internacionais para o crescimento econômico mútuo. Ele anunciou planos para se reunir nos próximos dias com representantes do setor privado brasileiro, incluindo agricultores de produtos como café, laranja e carne, além da indústria do aço, todos afetados pelas medidas americanas.
Alckmin não descartou a possibilidade de o Brasil buscar a intervenção da Organização Mundial do Comércio (OMC) para reverter as sobretaxas anunciadas, enfatizando a longa história de amizade entre os dois países e a necessidade de estabilidade e previsibilidade no ambiente econômico global.