Grupo Planalto de comunicação

Cantor sertanejo preso em Passo Fundo começa a colaborar com investigações por fraude em serviços de música digital O artista foi preso em dezembro pela operação Desafino, do Ministério Público de Goiás, ao aterrissar para show no aeroporto de Passo Fundo.

Foto: Instagram / @alexronaldooficial

O cantor sertanejo Ronaldo Torres de Souza, conhecido pela antiga dupla Alex e Ronaldo, foi preso no dia 5 de dezembro durante a operação Desafino, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). O artista que foi detido em Passo Fundo (RS), é o primeiro indivíduo preso no Brasil por fraude em serviços de música digital.

De acordo com o MP, a operação investigou o esquema de ‘furto’ de músicas sertanejas para lucrar com direitos autorais em plataformas de streaming. Souza coordenava uma rede de perfis falsos que lançavam faixas roubadas, principalmente registradas em agregadoras estrangeiras. Os lucros das execuções eram direcionados para a conta PIX do investigado.

A fraude, que afetou mais de 400 canções e resultou em aproximadamente 30 milhões de visualizações, gerou um prejuízo superior a R$ 6 milhões. Além disso, o MP bloqueou bens móveis e imóveis no valor de R$ 2.312.000,00, incluindo criptomoedas.

A operação também foi realizada em Pernambuco, onde agentes encontraram 21 laptops em uma casa no Recife, simulando uma audiência de 2,5 mil ouvintes ao dar “play” automático nas músicas.

Ronaldo, atualmente solto, colaborou com a investigação desde o início, fornecendo espontaneamente as senhas de todos os dispositivos eletrônicos apreendidos. Seu advogado, José Paulo Schneider, afirmou que o cantor reconheceu seus erros e demonstrou arrependimento profundo, o que foi essencial para que o MP aceitasse a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares.

Nota completa da defesa:

“A defesa informa que o cantor se mostrou colaborativo desde o momento da deflagração da operação Desafino, capitaneada pelo GAECO do Estado de Goiás.

Salienta-se que o cantor informou espontaneamente as senhas de todos os aparelhos eletrônicos apreendidos, o que foi crucial para que o Ministério Público pudesse compreender e elucidar a real dimensão do ocorrido.

Rregistra-se, ainda, que o cantor, durante seu interrogatório, prestado perante o Ministério Público, reconheceu seus erros e demonstrou profundo arrependimento, tendo atuado diretamente para a melhor resolução do caso, circunstâncias essas que, aliadas à postura colaborativa, foram fundamentais para que o próprio Ministério Público concordasse com a substituição da prisão preventiva por cautelares diversas da prisão.

Na oportunidade, inclusive, o Ministério Público destacou que a postura do cantor era elogiável e poucas vezes vista no dia-a-dia da área criminal.

Informa-se, ademais, que será apresentada a respectiva defesa prévia, bem como que o cantor permanece à disposição das autoridades, com o objetivo de que o processo tenha o melhor desfecho possível para todoas as partes envolvidas.

Destaca-se, por fim, que o cantor sempre teve uma vida de correção e retidão, sendo que os fatos em análise não resumem sua história e seu caráter pessoal ou profissional, tratando-se de um episódio isolado em toda sua trajetória. O cantor encontra-se profundamente arrependido e abalado com a repercussão negativa dos fatos denunciados.”

José Paulo Schneider
OAB/RS 102.244

*Com informações de Mais Goiás

Facebook
Twitter
WhatsApp