No dia 20 de março, o médico Leandro Boldrini (foto), pai do menino Bernardo Uglione Boldrini, irá a novo julgamento. A criança morava em Três Passos e foi encontrada morta em Frederico Westphalen em abril de 2014.
A pedido da defesa, o Tribunal de Justiça anulou o julgamento realizado em 2019, que estabeleceu pena para Leandro em 33 anos e 08 meses de prisão, em regime fechado. Foram mantidas as condenações dos demais três réus: Graciele Ugulini, a madastra, em 34 anos e 07 meses de prisão; de Edelvância Wirganovicz, a assistente social, em 22 anos e 10 meses; e de seu irmão, Evandro Wirganovicz. Esse último recebeu liberdade condicional.
Segundo o Poder Judiciário, não houve respeito do direito ao silêncio de Boldrini durante o interrogatório. Em outra decisão, de novembro do ano passado, o Tribunal de Justiça entendeu que não havia motivos para enviar para Brasília os recursos do Ministério Público (MP) contra decisão que anulou o julgamento.
Com isso, o novo júri, presidido pela juíza Sucilene Engler Audino, irá ocorrer em duas semanas no Foro de Três Passos. Segundo o TJ, serão 15 testemunhas, sendo uma delas comum para defesa e acusação. Com isso, são cinco testemunhas arroladas pelo MP e 11 pelos advogados do réu. O julgamento deve durar de três a quatro dias.
Foto: TJ/RS