Na tarde deste domingo, 24 de novembro, o Parque da Gare foi palco de uma manifestação que pede justiça pela morte do menino Gustavo, de oito anos, ocorrida no dia 18 de Junho em Passo Fundo. O ato reuniu familiares, amigos e membros da comunidade, que clamam por mudanças no sistema de saúde da cidade.
O pai de Gustavo, Volnei Ferreira, emocionado, falou com o Grupo Planalto de Comunicação e detalhou o sofrimento da família e a luta pela justiça. “Eu só venho agradecer a todo mundo que nos apoiou até aqui. A gente está aqui hoje porque meu filho não volta mais, mas queremos evitar que outras crianças e outras famílias sofram como nós sofremos”
Ao falar sobre o resultado das investigações, que concluiu que não houve erro médico no atendimento prestado ao garoto, Volnei disse que conversou com seus advogados e que irá tentar recorrer da decisão.
Relembre o caso
Gustavo deu entrada no hospital dia 17 de junho, onde foi inicialmente diagnosticado com apendicite no Hospital Dia da Criança, em Passo Fundo, mas, poucas horas após o atendimento, seu quadro se agravou. Ele precisou ser transferido para o Hospital São Vicente de Paulo, onde foi diagnosticado com pneumonia bacteriana em estado avançado.
O caso gerou comoção na comunidade, especialmente após a família de Gustavo registrar um boletim de ocorrência contra o Hospital Dia da Criança, alegando possível negligência médica. A criança morreu menos de 24 horas após o primeiro atendimento médico, o que gerou dúvidas sobre a condução do tratamento e a precisão do diagnóstico inicial.
O inquérito policial sobre o caso de Gustavo Santos Ribas foi concluído no dia 22 de outubro, com a determinação de que não houve erro médico no atendimento prestado ao garoto.
Em entrevista à Rádio Planalto, a delegada Daniela de Oliveira Mineto, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, explicou o resultado da investigação.
De acordo com Mineto, o atendimento inicial no Hospital Dia da Criança foi adequado. Ela ressaltou que, mesmo com o diagnóstico inicial de apendicite, os médicos perceberam rapidamente a gravidade do quadro de Gustavo e realizaram a transferência para o Hospital São Vicente de Paulo, unidade de maior complexidade.
No Hospital São Vicente, segundo a delegada, exames mais avançados, como a tomografia, permitiram o diagnóstico preciso de pneumonia bacteriana. No entanto, o quadro da criança já estava muito grave, e o menino faleceu poucas horas após a chegada à unidade hospitalar.