O inquérito policial sobre o caso de Gustavo Santos Ribas, menino de 8 anos que faleceu em 18 de junho deste ano, foi concluído no dia 22 de outubro, com a determinação de que não houve erro médico no atendimento prestado ao garoto.
Gustavo foi inicialmente diagnosticado com apendicite no Hospital Dia da Criança, em Passo Fundo, mas, poucas horas após o atendimento, seu quadro se agravou, levando à sua transferência para o Hospital São Vicente de Paulo, onde foi diagnosticado com pneumonia bacteriana em estado avançado.
O caso gerou comoção na comunidade, especialmente após a família de Gustavo registrar um boletim de ocorrência contra o Hospital Dia da Criança, alegando possível negligência médica. A criança morreu menos de 24 horas após o primeiro atendimento médico, o que gerou dúvidas sobre a condução do tratamento e a precisão do diagnóstico inicial.
Em entrevista à Rádio Planalto, a delegada Daniela de Oliveira Mineto, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, explicou o resultado da investigação. Segundo a delegada, os médicos do Hospital Dia da Criança não cometeram nenhum erro que tenha contribuído para a morte do menino.
“Não houve negligência ou erro médico”, afirma a delegada
De acordo com Mineto, o atendimento inicial no Hospital Dia da Criança foi adequado. Ela ressaltou que, mesmo com o diagnóstico inicial de apendicite, os médicos perceberam rapidamente a gravidade do quadro de Gustavo e realizaram a transferência para o Hospital São Vicente de Paulo, unidade de maior complexidade. A delegada destacou que o atendimento foi realizado de forma célere, sem espera pelo exame de ultrassom agendado para o período da manhã, devido à gravidade do estado da criança.
“Gustavo estava consciente, com sinais vitais estáveis, o que permitiu que ele fosse transferido em uma ambulância comum, sem a necessidade de UTI. Quando chegou ao Hospital São Vicente, a criança foi atendida de forma tranquila, sem urgência”, relatou Mineto.
No Hospital São Vicente, exames mais avançados, como a tomografia, permitiram o diagnóstico preciso de pneumonia bacteriana. No entanto, o quadro da criança já estava muito grave, e o menino faleceu poucas horas após a chegada à unidade hospitalar.
Causa da morte: pneumonia bacteriana em estágio avançado
A delegada explicou que, embora o diagnóstico de pneumonia tenha sido feito no Hospital São Vicente de Paulo, o quadro clínico de Gustavo era muito agudo e avançado, o que dificultou a intervenção médica a tempo de salvar sua vida.
“Foi um quadro extremamente grave, que se desenvolveu rapidamente. Não houve tempo para uma previsão de evolução médica, o que foge do padrão de atendimento esperado”, afirmou.
Com base nas investigações, ficou concluído que os médicos do Hospital Dia da Criança ao perceberem a gravidade do caso, realizaram a transferência imediata para um hospital com maior capacidade de atendimento. Não foi identificado qualquer tipo de negligência ou imperícia no tratamento.
A morte de Gustavo, que causou grande comoção na cidade de Passo Fundo, foi resultado de uma pneumonia bacteriana em estágio avançado, que se desenvolveu de forma fulminante. Assim, a investigação concluiu que a morte de Gustavo não foi causada por erro médico, mas sim pela rápida evolução da doença.