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Caso Rafael: delegado de Porto Alegre apresenta sua versão para crime de Planalto

Iniciou por volta das 16h20 desta segunda-feira, o terceiro depoimento do Caso Rafael, em Planalto, onde a ré Alexandra Dougogenski, responde pelo assassinato do próprio filho no ano de 2020. O o delegado Eibert fala sobre as investigações 

Essa foi a terceira testemunha, falando então por videoconferência. O delegado da Polícia Civil Eibert Moreira, atualmente em Porto Alegre, esteve no município do Norte gaúcho para ajudar nas investigações. O Ministério Público começou o seu questionamento perguntando se além de Alexandra havia alguém que teria participado do crime. 

Em resposta, o agente da Polícia Civil destacou que conforme os depoimentos realizados somente a ré teria cometido o crime. Na fala que ela prestou a ele durante o início das investigações, Alexandra destacou não gostava que o menino jogasse muito no celular e orientou diversas vezes para que ele fosse dormir. Após, deu um remédio ao menino, mas na quantidade errada, que resultou na morte de Rafael. 

A fala do delegado antecede  outras oito pessoas que vão prestar o seu depoimento. O conselho de sentença é formado por quatro mulheres e três homens que definirão o futuro de Alexandra.

RELEMBRE O CRIME (DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO)

Entre as 23h do dia 14 de maio de 2020 e a 00h30 do dia 15 de maio de 2020, Alexandra fez com que Rafael tomasse dois comprimidos de diazepam. A ingestão foi comprovada por laudos periciais. A denunciada esperou em seu quarto até que o medicamento fizesse efeito. Horas depois, ainda na madrugada de 15 de maio, verificando que a resistência da criança estava reduzida em razão do medicamento, e munida de uma corda, estrangulou o filho até que sufocasse. “Após constatar que Rafael estava morto, Alexandra engendrou uma forma de ocultar o cadáver e despistar as suspeitas que pudessem recair sobre si. Para tanto, vestiu o corpo do filho, pegou seus chinelos e os óculos e decidiu levá-lo até a casa vizinha, onde sabia que existia um local propício à ocultação”, explica a promotora Michele. “A mãe sabia que no local havia um tapume que encobriria o corpo. Ao deparar com uma caixa de papelão, depositou o corpo, configurando a ocultação de cadáver com três agravantes: para assegurar a impunidade do crime de homicídio, crime contra criança e contra descendentes”, diz.

OS CRIMES

Além do homicídio, o MPRS imputou à Alexandra o crime de falsidade ideológica, por inserir declaração falsa em documento público. A mãe, ao registrar boletim de ocorrência, mentiu à polícia dizendo que acordou e percebeu que Rafael não estava, que a cama estava desarrumada e que não sabia o que poderia ter “o motivado a sair de casa sem avisar ninguém”. Na verdade, neste momento, já sabia que Rafael estava morto. Disse, ainda, que Rafael levou duzentos reais em espécie.

A fraude processual, outro crime pelo qual foi denunciada, decorre do fato de Alexandra ter forjado uma marcação no calendário de casa. Ela circulou a data 14 de maio de 2020 e depois mandou mensagem à polícia afirmando que havia encontrado um calendário com uma marcação no último dia em que Rafael teria sido visto com vida. Para o MPRS, Alexandra quis reforçar a falsa versão do desaparecimento, ludibriar a polícia, atrapalhar as investigações e afastar eventuais suspeitas que pudessem recair sobre si, tentando fazer com que a polícia acreditasse que Rafael havia fugido.

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