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Chacina da Cohab: ex-PM e companheira serão julgados no mês que vem

Reportagem especial / Bruno Reinehr

Foi marcado para o dia 22 de fevereiro o julgamento de mais dois réus da Chacina do bairro Cohab. O ex-pm Luciano Costa dos Santos (Costinha) e sua companheira, Monalisa Kich Anunciação sentarão no banco de réus acusados como intermediários no crime.

A chacina ocorreu em maio de 2020, quando Dienefer Padia, 26 anos, seu cunhado, Alessandro dos Santos, 34, e a filha dele Ketlin Padia dos Santos de 15 anos de idade foram executados asfixiados dentro da residência na rua Ernesto Ferron, Bairro Cohab.

A motivação da chacina, de acordo com a Polícia Civil, foi um relacionamento extra-conjugal entre a vítima Dienefer e seu patrão Eleandro Roso.

Dienifer trabalhou em uma fazenda em Casca e teve um relacionamento com Eleandro Roso, que é casado. Durante esse relacionamento, Dienifer engravidou de Eleandro. Quando a esposa de Eleandro, Fernanda Rizzotto, descobriu sobre o caso, Dienifer foi expulsa da fazenda onde também morava e voltou para Passo Fundo. Fernanda só descobriu que o filho da empregada era de seu marido após o nascimento da criança.

A Delegacia de Homicídios concluiu que Dienifer passou a receber ameaças em sua casa no Bairro Cruzeiro. Dentre as ameaças, recebeu uma boneca mutilada. Eleandro então comprou uma casa no Bairro Cohab para usufruto da criança.

Ainda de acordo com a polícia, Eleandro passou estava sendo extorquido, então sua mulher decidiu tirar a vida de Dienifer.

Eleandro, Fernanda e o irmão dela, Claudiomir Rizzotto decidiram matar Dienifer e contrataram Costinha para fazer o serviço, porém ele terceirizou o trabalho e contratou outras duas pessoas.

O PLANEJAMENTO DA EXECUÇÃO

A PC apontou que Monalisa Kich Anunciação, mulher de Costinha, comprou um celular de Dienefer pela internet. Ela foi até a residência, buscou o aparelho e fez fotos da casa.

Quando Dienefer fez um novo anúncio na internet, os supostos compradores eram os assassinos. Eles entraram na casa com um propósito: cometer o crime. O alvo seria apenas Dienefer. De acordo com a polícia, Alessandro e sua filha Ketlin estavam no “lugar errado e na hora errada”. Todos foram mortos asfixiados e mortos com lacres “engasga gato”.

OS RESPONSÁVEIS PELO CRIME

A polícia indiciou Eleandro, Fernanda Rizzotto, Claudiomir Rizzotto, Luciano Costa dos Santos e Monalisa Kich Anunciação pelo crime. Os dois executores nunca foram se quer identificados.

Eleandro Roso foi julgado em novembro de 2022 e condenado há 69 anos de cadeia. Em agosto de 2023 o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou o recurso da sua defesa e decidiu reduzir 10 anos de sua pena, mas não anulou o julgamento.

Costinha está preso e aguarda o julgamento no dia 22 de fevereiro.

Monalisa não teve prisão decretada, responde o processo em liberdade e também aguarda o júri de fevereiro.

Foi condenado a 69 anos e seis meses de prisão o homem apontado como um dos mandantes.

Os irmãos, Claudiomir e Fernanda estão foragidos desde quando foram identificados.

 

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