No final da tarde da última segunda-feira, 14, foi presa Fernanda Rizotto, 46 anos. Ela é apontada como mandante da chacina da Cohab, ocorrida em 2020 em Passo Fundo.
A prisão ocorreu em uma propriedade rural no interior de São Francisco de Paula, onde ela estava escondida junto com seu irmão, Claudiomiro Rizotto, que conseguiu fugir se embrenhando na mata.
A prisão foi realizada pelos policias da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Passo Fundo, que tem como titular a delegada Daniela de Oliveira Mineto, com apoio das DPs de Caxias do Sul, São Francisco de Paula e Marau.
As buscas por Claudiomiro prosseguem na manhã desta terça-feira, 15.
Recentemente os irmãos aparecem em uma reportagem da TV Record, onde eles falaram sobre caso do triplo homicídio. Ambos estavam foragidos desde o início das investigações.
Relembre o caso:
A chacina ocorreu quando Diênefer Padia, de 26 anos, seu cunhado, Alessandro dos Santos, de 34, e a filha dele, Ketlin Padia dos Santos, de 15 anos, foram executados por asfixia dentro de uma residência na rua Ernesto Ferron, no Bairro Cohab 1.
A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, foi um relacionamento extraconjugal entre Diênefer e seu patrão, Eleandro Roso. Diênefer trabalhava em uma fazenda em Casca e mantinha um relacionamento com Eleandro, que era casado. Durante o relacionamento, Diênefer engravidou. Quando a esposa de Eleandro, Fernanda Rizzotto, descobriu o caso, Diênefer foi expulsa da fazenda e retornou a Passo Fundo. Fernanda só descobriu que o filho de Diênefer era de seu marido após o nascimento da criança.
A Delegacia de Homicídios concluiu que Diênefer começou a receber ameaças em sua casa no Bairro Cruzeiro, incluindo uma boneca mutilada. Eleandro então comprou uma casa no bairro Cohab 1 para que Diênefer e a criança pudessem viver. Entretanto, quando Eleandro começou a ser extorquido, sua esposa Fernanda decidiu que a solução seria eliminar Diênefer.
Eleandro, Fernanda e o irmão dela, Claudiomir Rizzotto, teriam planejado juntos o assassinato e contrataram Costinha para executar o crime. Costinha, que conheceu Claudiomir enquanto trabalhava como segurança em um posto de combustíveis, aceitou a proposta, mas terceirizou o serviço, contratando outros dois homens para realizar o assassinato.