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Cheia de rios preocupa municípios gaúchos: Muçum vive situação de desespero

A alta repentina do nível do rio das Antas, que ao receber as águas do rio Carreiro, nos Campos de Cima da Serra, desce em direção ao Vale do Taquari, formando o rio Taquari, inunda áreas urbanas, no início da madrugada desta terça, em cidades como Muçum e Roca Sales, e provoca alertas de evacuação em áreas próximas a barragens em Cotiporã e Marau. As cheias decorrem do acumulado excepcional de chuvas, desde o domingo passado, no Norte gaúcho.

Em Muçum, no Vale do Taquari, há moradores sem energia elétrica, água e telefonia em áreas tomadas pelo rio Taquari. De acordo com o vice-prefeito, Amarildo Baldasso, o cenário era de pavor no fim da noite. Em entrevista a uma emissora de rádio local, ele relatou ao menos 50 famílias ilhadas em telhados de residências, na que pode se tornar a pior enchente da história da cidade. O rio também ameaça alagar uma paróquia para onde foram levadas famílias que conseguiram sair das residências a tempo.

De Brasília, o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, e o coordenador da Defesa Civil municipal, Rodolfo Pavi, alertaram a população, em vídeo, que o Taquari pode atingir a cota de 25 metros – 2,5m a mais que a da enchente histórica de julho de 2020. Ambos apelaram aos moradores que saiam de casa e busquem abrigo em locais seguros, levando os pertences que conseguirem. Trojan e Pavi viajaram à capital federal a fim de buscar recursos para minimizar os danos recentes com uma chuva de granizo.

Em Roca Sales, vídeos veiculados em redes sociais exibiam quarteirões banhados pela força da correnteza do rio Taquari, no fim da noite. Em casas mais altas, a água cobria todo o primeiro pavimento. Em Encantado, parte da cidade vive situação semelhante. Prefeitos da região pedem helicópteros para resgates aéreos de pessoas sobre telhados, mas as condições do tempo não permitiam voos no fim da noite, conforme o o subchefe da Casa Militar, Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira.

De acordo com ele, o órgão monitora a situação e encaminha as demandas ao Corpo de Bombeiros, para que essas pessoas possam ser resgatadas “o mais breve possível”.

Fonte: Rádio Guaíba

Foto: Reprodução

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