Nos Estados Unidos, o processo de votação para eleger o presidente é um pouco diferente do que em muitos outros países, pois envolve uma combinação entre o voto popular e o Colégio Eleitoral. Com um sistema que permite aos estados um papel central no processo, a eleição presidencial americana ocorre a cada quatro anos, sempre na primeira terça-feira de novembro.
Para entender o sistema, é importante saber que, quando os americanos votam em um candidato, eles estão, na prática, definindo como cada estado escolherá seus delegados para o Colégio Eleitoral. Esse órgão é o responsável por dar a vitória final a um candidato e é composto por 538 eleitores. Para ganhar a presidência, um candidato precisa obter pelo menos 270 votos no Colégio Eleitoral.
Como funciona o Colégio Eleitoral?
O número de votos eleitorais que cada estado tem no Colégio Eleitoral varia de acordo com a população do estado. Estados mais populosos, como a Califórnia e o Texas, têm mais votos, enquanto estados com menor população, como Vermont e Wyoming, possuem menos. Esse sistema faz com que cada estado tenha uma representação no processo, mesmo que o número de eleitores seja significativamente menor.
Além disso, a maioria dos estados adota o sistema do “vencedor leva tudo”. Isso significa que o candidato que ganha a maioria dos votos populares em um estado recebe todos os votos eleitorais desse estado. Maine e Nebraska são as únicas exceções, dividindo seus votos eleitorais de maneira proporcional, o que permite que mais de um candidato possa receber votos do Colégio nesses estados.
Importância dos “swing states”
Em cada eleição, alguns estados se destacam por serem “swing states” ou estados-pêndulo, como Flórida, Pensilvânia e Ohio. Nesses lugares, o apoio aos candidatos de diferentes partidos costuma variar de uma eleição para outra, e o resultado é incerto. Isso os torna alvos de intensas campanhas políticas, pois os votos no Colégio Eleitoral desses estados podem definir o rumo da eleição.
Voto antecipado e pelo correio
Outro aspecto relevante no sistema americano é o voto antecipado, que permite aos eleitores votarem dias ou até semanas antes do dia oficial da eleição. Além disso, muitos estados permitem o voto pelo correio, prática que se tornou mais comum com a pandemia de COVID-19. Esse modelo permite que mais eleitores participem e tem sido um elemento cada vez mais importante na dinâmica eleitoral.
Assim, o sistema de votação nos Estados Unidos combina o voto direto da população com a contagem no Colégio Eleitoral, onde o apoio dos estados é determinante. Com uma estrutura complexa e os “swing states” no centro da disputa, o processo eleitoral americano atrai atenção mundial e deixa claro que cada voto conta para definir quem ocupará a Casa Branca.