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Conheça as lendas e os mitos que moldam a identidade do Rio Grande do Sul Do Negrinho do Pastoreio à Salamanca do Jarau, histórias passadas de geração em geração revelam a riqueza do folclore gaúcho

Reprodução: Toda Matéria

O Rio Grande do Sul é um estado rico de lendas e mitos, que fazem parte de sua cultura e história. Entre as mais conhecidas, destacam-se o Negrinho do Pastoreio e o Angoéra, mas muitas dessas histórias permanecem desconhecidas por grande parte da população. O livro Manual do Tradicionalismo Gaúcho reúne não só lendas, mas também os mitos que compõem o folclore do estado. A diferença de mito e lenda é:

Lendas são histórias que têm como base eventos reais ou personagens históricos, mas que se misturam com elementos fantásticos ao longo do tempo. Um exemplo clássico é a lenda do Negrinho do Pastoreio, um menino escravizado que, após sua morte, se transforma em um protetor das pessoas que perdem objetos.

Já os mitos, como o de Iara, buscam explicar fenômenos naturais ou a origem de certas crenças, muitas vezes envolvendo seres sobrenaturais ou forças da natureza. A Iara é uma sereia indígena que atrai os homens para o fundo dos rios, simbolizando o encantamento das águas.

No Rio Grande do Sul, a lenda de Angoéra, também conhecida como Generoso, é uma história menos conhecida, mas com grande significado cultural. O índio Angoéra vivia na região do Pirapó, nas Missões, e, após ser convertido ao catolicismo, recebeu o apelido de “Generoso”, tornou-se alegre e sociável, participando ativamente das festas locais. Após sua morte, sua alma continuou a vagar, aparecendo em eventos com música e dança. Quando instrumentos tocam sozinhos ou portas rangem sem explicação, é dito que o espírito de Generoso está por perto.

As lendas gaúchas não apenas fazem parte da memória histórica do estado, mas também estão presentes em músicas, danças e representações culturais.

Além disso, o Mito da Mula Sem Cabeça, trazido da Península Ibérica, também é um dos muitos mitos que fazem parte do folclore regional. Conta-se que uma mulher que mantiver relações com um padre ou padrinho de seu filho se transforma, nas noites de quinta para sexta-feira, em uma mula sem cabeça, com um facho de fogo no lugar da cabeça. Ela percorre os campos até o amanhecer, com cascos afiados que podem ferir quem se aproximar. Ao amanhecer, retorna à sua forma humana, marcada e exausta.

As lendas e mitos do Rio Grande do Sul continuam a ser um patrimônio cultural imenso e essencial para a construção da identidade gaúcha. Ao conhecê-los, mantemos vivas essas narrativas que encantam e ensinam gerações.

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