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Corpo em mala: polícia confirma identidade da vítima e detalha investigação O caso ficou conhecido após o torso da vítima ser localizado dentro de uma mala deixada no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre, em 20 de agosto.

A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (8) a identidade da mulher encontrada morta e com partes do corpo espalhadas em Porto Alegre. Trata-se de Brasília Costa, de 65 anos, natural de Arroio Grande, no Sul do Estado. Ela vivia na Zona Norte da capital e trabalhava como manicure em salões de beleza.

O caso ficou conhecido após o torso da vítima ser localizado dentro de uma mala deixada no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre, em 20 de agosto. O volume permaneceu no local por cerca de 12 dias até ser aberto devido ao forte odor.

Brasília e Ricardo Jardim, apontado como principal suspeito do crime, teriam se conhecido por meio de aplicativos de relacionamento. Segundo relatos, o publicitário passou a se aproximar da vítima, que logo iniciou uma convivência mais frequente com ele, reduzindo o contato habitual que mantinha com a família.

Em 2018, Ricardo havia sido condenado a 28 anos de prisão por matar e concretar a própria mãe. Mesmo com o histórico criminal, obteve progressão de regime em janeiro de 2024 e deixou a prisão. Desde abril do mesmo ano, estava foragido após descumprir as regras do semiaberto. Em fevereiro de 2025, teve o regime regredido para o fechado, com mandado de prisão expedido.

Segundo as investigações, Ricardo tentou ocultar o crime retirando as pontas dos dedos da vítima para dificultar a identificação e deixando a cabeça por último. A polícia também apura motivação financeira, já que ele teria usado cartões de Brasília e mantido o celular da vítima, chegando a enviar mensagens se passando por ela para familiares. Isso fez com que não houvesse registro imediato de desaparecimento.

Com o suspeito, foram apreendidos celulares e um notebook, que passarão por perícia. O conteúdo deve ajudar a confirmar o envio de mensagens no nome da vítima e rastrear possíveis movimentações financeiras ligadas ao crime.

Até o momento, a Polícia Civil classifica o caso como feminicídio. A cabeça da vítima ainda não foi localizada, o que impede a identificação completa do corpo e a definição final da causa da morte. Laudos complementares serão concluídos quando todas as partes forem reunidas.

Reportagem: Redação
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* G1

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