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Correios acumulam prejuízo de R$4,37 bilhões no primeiro semestre Estatal atribui rombo à concorrência no setor e anuncia medidas de contenção de gastos

Foto: André Avila

Os Correios registraram um prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025, resultado 222% maior do que o contabilizado no mesmo período do ano anterior. O balanço, divulgado nesta sexta-feira (5), aponta retração no segmento internacional e aumento da concorrência como principais fatores da crise.

A receita líquida caiu de R$ 9,28 bilhões em 2024 para R$ 8,18 bilhões em 2025, enquanto as despesas cresceram de forma acelerada. Os gastos gerais e administrativos saltaram de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,4 bilhões, e as despesas financeiras passaram de R$ 3 milhões para R$ 673 milhões. Só no segundo trimestre, o prejuízo foi de R$ 2,64 bilhões, quase cinco vezes maior que o registrado no mesmo período do ano anterior.

A estatal acumula resultados negativos desde 2022, quando o déficit foi de R$ 767 milhões. Em 2024, o prejuízo anual chegou a R$ 2,59 bilhões. Para tentar reverter a situação, a direção da empresa anunciou medidas de contingência, que incluem corte de custos, diversificação de serviços e a criação de um marketplace próprio para disputar espaço no e-commerce.

Também estão em andamento um Plano de Desligamento Voluntário (PDV), com previsão de economia de R$ 1 bilhão por ano, e a contratação de uma linha de crédito de R$ 4 bilhões junto ao banco dos Brics. Apesar de ter pedido demissão, o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, permanece no cargo a pedido do presidente Lula, em um movimento inédito na história da companhia.

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