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Crianças da escola Gomercindo dos Reis debatem sobre a política

Na última semana antes das eleições (primeiro turno), a Planalto AM faz uma série de reportagens acompanhando os trabalhos e ações desenvolvidas em escolas de Passo Fundo, voltadas à política. A instituição de hoje é a Escola Estadual de Ensino Fundamental Gomercindo dos Reis, localizada no bosque Lucas Araújo.

Segundo a professora de História, Beatris Santos, o debate político se dá de maneira espontânea em sala de aula, a partir da curiosidade dos alunos. As maiores manifestações acontecem com as turmas do 6° ano que estão iniciando o aprendizado de conceitos históricos de democracia e formação política.

“Justamente nessa semana, estamos entrando no conteúdo de democracia ateniense, a influência da civilização grega na construção política, enfim, e como estamos na semana das eleições, é dado esse gancho. Para que você atraia a atenção do aluno é preciso por a teoria em prática, e é isso que temos feito durante as discussões em sala de aula”.

Outra constatação feita pela professora é que as crianças são estimuladas ao debate a partir de conversas com os familiares em casa. O posicionamento e as ideologias dos pais ajudam a moldar o pensamento crítico dos alunos, acrescentando ainda mais para os debates feitos em sala de aula. “Esses dias uma aluna me disse que na casa dela, todos se reúnem para discutir quais são os melhores candidatos e as melhores propostas. Eu achei isso o máximo porque além de enriquecer as discussões em sala de aula, mostra que as famílias ainda se preocupam e interagem sobre política e sobre democracia. Isso é muito importante para a construção da noção política das crianças”.

Os alunos da escola Gomercindo dos Reis ainda estão longe de dar uma contribuição mais ativa à política nas urnas, em virtude da pouca idade, mas já se mostram confiantes e entusiasmados com o pleito eleitoral e com a importância que o voto tem. Espera-se apenas que não se deixem levar pelo desinteresse e descrédito que as eleições representam aos jovens adolescentes, que segundo a professora Beatris, formam a gama de alunos mais afastada do debate político.

“Ao contrário das crianças menores, os adolescentes já não querem saber desse assunto. Isso é resultado de um pensamento pessimista formado pela falta de confiança nos políticos brasileiros. Eles acabam pensando que todos são iguais, e não se preocupam em pesquisar as melhores propostas”.

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