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Criminosos que sobreviveram à guerra voltam às ruas da Rússia

Muitas famílias russas estão sendo avisadas para “trancar os seus filhos à noite”, enquanto o brutal exército privado de assassinos, estupradores e pedófilos de Vladimir Putin volta para casa, deixando para trás o campo de batalha na Ucrânia.

Pais estão recebendo telefonemas misteriosos de pessoas que se dizem policiais, dizendo-lhes para ficarem em guarda enquanto os perigosos condenados, que foram libertados de cadeia para se juntar ao esforço de guerra como parte da organização paramilitar Grupo Wagner, estão de volta às ruas para viver “vidas normais” como civis, de acordo com reportagem no “Daily Star”.

Os criminosos, que incluem alguns que foram presos por acusações relacionadas a pedofilia, foram libertados da prisão em troca de um lugar na linha de frente durante a invasão de Putin, iniciada em fevereiro do ano passado.

Como parte do acordo, se os criminosos sobrevivessem a seis meses de guerra, seriam perdoados e libertados das suas sentenças.

Yevgeny Prigozhin, que lidera o grupo de mercenários, já confirmou que a primeira leva desses prisioneiros já foi libertada, com suas condenações anuladas. Há informações, entretanto, que a maioria deles morreu na Ucrânia. Para Prigozhin, os ex-detentos estão “redimidos”. Ele até pediu a introdução de uma nova lei que daria sentença de cinco anos de prisão para quem publicasse “informações negativas” sobre os voluntários de guerra russos.

Imagens que circularam nas redes sociais mostraram, meses antes, Prigozhin em uma penitenciária russa oferecendo indulto a presidiários se eles lutarem na Ucrânia.

“Não bebam muito, não usem drogas, não estuprem mulheres”, teria dito Prigozhin aos combatentes liberados nesta semana.

Nos seus esforços para recuperar os efetivos perdidos na invasão da Ucrânia, o governo de Putin já libertou cerca de 3 mil detentos e os enviou ao front. Alguns deles são assassinos em série e há pelo menos um condenado por canibalismo lutando na ex-república soviética. A afirmação é da ativista Olga Romanova, especialista no sistema prisional russo e chefe da Russia Behind Bars (Rússia Atrás das Grades), entidade que monitora a situação de presidiários.

Fonte: Jornal Extra
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