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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado pela segunda vez e muda relação com o governo Seu novo mandato vai de 2025 a 2027. Eduardo Girão (Novo) e Astronauta Marcos Pontes (PL) receberam quatro votos cada

Foto: Divulgação

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito neste sábado (1º) presidente do Senado com 73 dos 81 votos, reassumindo o cargo após quatro anos. Seu novo mandato vai de 2025 a 2027. Eduardo Girão (Novo) e Astronauta Marcos Pontes (PL) receberam quatro votos cada. A eleição marca uma mudança na dinâmica política da Casa, já que Alcolumbre tem maior proximidade com a oposição, diferentemente de seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o que pode dificultar a tramitação de pautas do governo Lula.

A nova configuração do Senado fortalece a oposição. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocupará a vice-presidência e comandará a Comissão de Segurança Pública, que terá Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como presidente. Alcolumbre promete equilibrar interesses de governistas e oposicionistas, mas o cenário indica desafios na articulação do governo.

Em seu primeiro mandato como presidente do Senado (2019-2021), Alcolumbre fortaleceu o Congresso na definição do Orçamento e foi responsável pela criação da “emenda do relator”, depois chamada de “Orçamento Secreto”. Agora, ele assume sob pressão por transparência e em meio a investigações da Polícia Federal sobre a destinação de emendas.

A eleição do senador contou com apoio de dez partidos, incluindo PL, PSD e Republicanos, formando uma base ampla e pragmática. Apesar de já ter colaborado com o governo Bolsonaro, sua nova gestão deve seguir um perfil mais independente, sem alinhamento automático ao governo.

No cargo, Alcolumbre precisará administrar demandas da oposição e do governo. Senadores governistas esperam que ele impeça propostas que comprometam o equilíbrio fiscal, enquanto oposicionistas defendem avanços em temas como a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Outro desafio será a gestão das emendas parlamentares, tema que recentemente gerou atritos entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

 

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