Em virtude da escassez de chuvas,
agricultores do Rio Grande do Sul, estão tendo que dessecar as lavouras de soja
para uniformizar a maturação. O custo é de no mínimo R$ 100,00 por hectare.
O professor
Elmar Luiz Floss, diretor do INCIA e especialista
em fisiologia vegetal e nutrição de plantas, explica que o problema reside no
hilo da planta, que é uma parte sensível e se localiza entre o caule e a vagem.
Ela serve para alimentar a vagem. Com o
seu comprometimento, não ocorre a transposição dos compostos nitrogenados para
formação dos grãos e ficam retidos na folha e no caule, permanecendo verdes e
necessitando de dessecação. Enquanto
isso, outros grãos mais antigos, na parte de baixo da planta começam a germinar
por maturarem mais cedo. Todo esse
descontrole é propiciado pelo stress hídrico, ou seja, falta de chuvas.
Essa
condição atípica nesse ano, aumentou o custo das lavouras que já começaram caras. Floss, lembra que na época do plantio a
tonelada de ureia subiu mais de 100%, chegou a R$ 6 mil, bem como o cloreto de
potássio(adubo) que dobrou de preço.
Floss, adverte
ainda para que o produtor fique atento ao uso apenas de produtos permitidos
legalmente para complementar a secagem das lavouras, como é o caso do herbicida
Finale. O paraquat foi proibido no
Brasil e o glifosato não pode ser usado por ser considerado sistêmico, ou seja,
se move para dentro da planta, deixando resíduos.
