Dia 24 de abril, um dos dias mais importantes para os gaúchos, pois, a Lei Estadual nº 11.929, que foi aprovada dia 20 de junho de 2003, institui o churrasco como “prato típico” e o chimarrão como “bebida símbolo” do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
Chimarrão
Logo em sequência um trecho do livro “Manual do Tradicionalismo Gaúcho” escrito por Manoelito Carlos Savaris e publicado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) que fala sobre o chimarrão:
Quando os europeus, portugueses e espanhóis, chegaram na América do Sul, os indígenas já faziam uso da erva-mate (Ilex Paraguaiensis), seja para mascar as folhas, seja para fazer a infusão. As regiões com maior número de ervais nativos eram aquelas banhadas pelos rios Uruguai, Paraguai e Paraná.
Com a chegada dos padres jesuítas espanhóis, primeiro na região do Guairá e depois no Tape, ocultivo da erva-mate ganhou impulso e, no período missioneiro (1682-1756), se tornou um dos principais produtos enviados para a Europa.
O preparo da erva-mate para o chimarrão segue, até os dias atuais, a mesma metodologia, mesmo que o uso de instrumentos modernos e
máquinas tenha facilitado a atividade permitindo uma grande produção. A erva-mate é colhida durante todo o ano. São cortados os galhos da árvore (os galhos mais finos), formado feixes (macacos) de erva-mate que são levados para o carijo. […]
[…]A água é sorvida com uma bomba de metal. Os indígenas e jesuítas, por não disporem de metal, faziam as bombas de taquara (um pequeno canudo), que chamavam tacuapí. Quando a água é servida na temperatura ambiente, o mate se chama tererê. […]
Mas isso vai muito além da história. Atualmente, o gosto amargo do chimarrão conquista até os mais jovens, fazendo com que as famílias vivam momentos memoráveis em torno dessa bebida como: rodas de chimarrão com os parentes, aquele mate com o pai e a mãe e, é claro, sempre acompanhado de uma boa prosa (conversa).
Churrasco
[…] A forma mais tradicional de assar o churrasco, no nosso estado, é no espeto colocado sobre o braseiro. Quando o pedaço de carne é muito grande (uma costela inteira, por exemplo) os espetos são colocados na vertical ao lado do braseiro. No Uruguai e alguns locais de fronteira, o churrasco é assado sobre grelhas.
Os cortes da carne recebem nomes diferentes dependendo da região. De uma forma geral os cortes mais comuns são: costela, picanha, alcatra, ponta da alcatra (maminha ou chapéu de bispo), chuleta e contrafilé. […]
Um bom churrasco no final de semana não tem pra ninguém. Quando é feito com os amigos ou a família, rende muitas risadas e diversão. Por isso, para os gaúchos, o churrasco tem um valor sentimental muito grande ainda mais quando vem acompanhado de um chimarrão bem bagual.