A emoção da perda e o orgulho do legado se encontram na canção “Dom Gildinho, Eterno Monarca”, uma sincera homenagem ao gaiteiro que marcou gerações no cenário tradicionalista. A composição de João dos Santos e Leonir Pedro Vargas, o Varguinhas, eterniza em versos a trajetória de Gildinho, figura emblemática do grupo Os Monarcas, falecido em 11 de janeiro.
Gravada em maio de 2025 no Estúdio Os Monarcas, a música traz na interpretação de João dos Santos e Varguinhas uma carga emocional que remete à memória viva de Gildinho. O arranjo sensível e a letra carregada de saudade evocam não apenas a perda de um artista, mas de um símbolo do Rio Grande.
“Calou-se a gaita faceira / E a voz que tanto encantou”, diz um dos versos que retrata o silêncio deixado nos palcos por sua ausência. O tom da canção, nostálgico e reverente, percorre desde os pagos de Soledade (sua terra natal), até o reconhecimento internacional conquistado ao longo de décadas de dedicação à música regional gaúcha.
Além dos compositores e intérpretes, participaram da gravação os músicos Vanclei da Rocha (bateria, percussão e vocais), João Pedro Locatelli (violões e vocais), Guilian Siqueira (contrabaixo), Deividi Zacarias (guitarra e vocais), e o próprio Varguinhas no acordeon. A produção musical foi assinada por Os Monarcas, com direção de Vanclei da Rocha e Paulo J. Mello responsável pela gravação, edição, mixagem e masterização.
Mais do que um tributo, a canção é uma promessa de continuidade. Como resume a letra: “Descansa em paz Dom Gildinho / Seguiremos teu legado.” É a tradição que se renova no compasso da gaita, na força da memória e no carinho de um povo por seu mestre.