É hoje, terça-feira, em Soledade o julgamento de Mairol Batista da Silva, de 41 anos. Ele responde pela acusação de ser mandante da chacina que resultou em seis mortos no interior daquele município. O fato aconteceu no início da noite de um sábado, em 07 de julho de 2001.
Foram mortos o comerciante passo-fundense Augusto Cavallari Guion, 59 anos (conhecido Marau), sua mulher Liamara Cavallari Guion, 48, a filha do casal, Ana Maria Cavallari, 15. Morreram ainda o capataz de Guion, Omiro Adelar Graesse, 53, sua mulher, Nice Graesse, 45, e o filho do casal Alessandro Graesse, 16.
O delegado Edson Cezimbra na época disse que a autoria da chacina foi descoberta porque uma adolescente de 13 anos sobreviveu ao ser ferida e simulou que estava morta. Depois que o assassino saiu do local, uma chácara de lazer em Soledade, ela telefonou para familiares em Passo Fundo. A menor identificou Márcio Camargo, o peão da propriedade, como o responsável pelas mortes. Ele foi preso e fugiu tempos depois. Márcio foi assassinado em um bar em Soledade.
O empresário Augusto Cavallari Guion era proprietário da empresa de Factoring G & G Fomento Mercantil, com sede em Passo Fundo (RS), e sua morte teve grande repercussão. No velório centenas de pessoas compareceram ao cemitério da Cruz.
O julgamento é aguardado com grande expectativa em Soledade, de acordo com a imprensa local. A sessão terá início às 09 horas no foro local. Os trabalhos vão ser presididos pela juíza Karen Luíse de Souza Pinheiro. Irão atuar na acusação os promotores Fabiano Dalazen e Tânia Bitencourt, com a assistência do advogado Nereu Lima. A defesa do acusado estará a cargo do advogado José Osmar Teixeira.