O egresso da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (UPF) Rolando Valcir Spanholo, 38 anos, ficou entre os 13 primeiros colocados em um grupo de 58 aprovados no concurso para juiz federal substituto do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região (Brasília). Apenas dois gaúchos integram esse grupo. A posse dos novos magistrados será no dia 29 de janeiro, em Brasília. O concurso é um dos mais concorridos dos cinco Tribunais Regionais Federais. Para este processo seletivo, havia mais de dez mil inscritos.
Spanholo nasceu e reside em Sananduva. Formou-se em Direito na UPF, em 1998. De origem humilde, é filho de um ex-borracheiro e de uma ex-costureira. No início da vida profissional, o egresso da UPF trabalhou como borracheiro e lavador de carros. Além disso, já atuou como costureiro, vendedor ambulante, estagiário de advocacia, advogado e procurador municipal. “Apesar da nossa origem humilde, atualmente, graças à parceria iniciada ainda no ano de 1989 com a UPF, minha família já conta com seis advogados. No final do ano que vem, meu sobrinho mais velho também estará colando grau em Direito. Para minha felicidade, no mesmo dia em que saiu o resultado da minha aprovação, acompanhei a matrícula do meu filho, também no Direito da UPF”, revelou o egresso.
A UPF teve um papel importante na carreira de Spanholo. “A estreita parceria mantida com a Universidade não só me permitiu obter a base necessária para alcançar o cargo de Juiz Federal (algo que, por si só, diante da minha origem, parecia tão improvável), como, também, foi decisiva para mudar radicalmente o próprio perfil de toda minha família ao longo das últimas duas décadas”, ressaltou Spanholo.
O futuro juiz federal ressalta que já obteve aprovação em concursos para os cargos de Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do RS (9º lugar e com a maior nota na prova oral) e de Auditor Externo, também do TCE/RS. Recentemente, avançou de fase também nos concursos de Promotor do RS, Procurador da Fazenda Nacional, Conselheiro Substituto do TCE/MS, além dos TRFs da 5ª, 4ª, 3ª e 1ª Regiões.
Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no final de 2013 existiam apenas 1.549 magistrados federais no país. O mesmo relatório apontou 629 cargos vagos de magistrados federais.
