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Elon Musk cria perfil no X para vazar decisões sigilosas do STF Moraes determinou na última sexta-feira 30 o bloqueio da plataforma de Elon Musk em todo o Brasil

Foto: Carlos Moura/SCO/STF - Reprodução

O dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, criou um perfil na rede social para divulgar decisões sigilosas do Supremo Tribunal Federal envolvendo bloqueios de conteúdos e de perfis na plataforma.

A página foi batizada de “Alexandre Files”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, que na sexta-feira (30/8) bloqueou o X em todo o Brasil após a plataforma se recusar a cumprir decisões do STF e de indicar um representante legal da empresa no país.

E uma das publicações, o perfil afirma que irá lançar “luz sobre os abusos cometidos por Alexandre em face da lei brasileira”. Em outra, dá como exemplo de “violação frontal da lei brasileira” a decisão que determinou o bloqueio do senador Marcos do Val (Podemos-ES).

O senador foi alvo de operação da PF em 2023 na esteira das investigações sobre os atos de 8 de janeiro do ano passado, quando as sedes dos três poderes foram invadidas.

Alexandre determinou na sexta-feira a “imediata, completa e integral” suspensão do funcionamento do X em todo o território nacional, até que todas as ordens judiciais proferidas pelo STF sejam cumpridas.

A medida ocorreu depois de a rede de Elon Musk fechar as portas no Brasil. Sem representante no país, o X deixou de cumprir decisões judiciais. Antes disso, já estava sem cumprir.

O X já acumula cerca de R$ 18 milhões em multas por descumprimento de decisões do Supremo. Na quarta (28/8), Alexandre mandou a rede indicar um novo representante, sob pena de suspensão. Como a ordem não foi cumprida, o ministro bloqueou a rede.

Elon Musk demitiu todos os empregados brasileiros da empresa no último dia 17 e anunciou que a rede vai “encerrar as operações” no país. O X culpou decisões de Alexandre que determinaram a retirada do ar de conteúdos e de perfis.

Desde antes disso, o Supremo não consegue intimar a rede de suas decisões. A empresa deixou o país devendo cerca de R$ 18 milhões em multas envolvendo decisões não cumpridas.

 

FONTE: Consultor Jurídico

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