O dado foi apresentado Ricardo Villela Marino, executivo-chefe para América Latina do Itaú Unibanco, durante o Fórum Econômico Mundial.
A classe média numerosa tem uma vantagem adicional, política: “Uma classe média que se sinta parte da economia contribui para a estabilidade política”, diz Rob Davies, ministro do Comércio e Indústria da África do Sul.
Um segundo efeito político foi apontado por Villela Marino, mas este é no mínimo polêmico: “Quando os pobres sobem para a classe média, o voto não está mais atado a benefícios sociais”.
No Brasil, pelo menos, há inúmeros pesquisas que mostram que programas de inclusão social atam, sim, o voto aos governantes que os introduzem ou ampliam.
Por essas e outras razões, o tema classe média permeou duas das sessões de ontem,22, do Fórum Econômico Mundial, que acontece na Suíça.
A previsão do executivo do Itaú impressiona ainda mais se somada aos dados que esgrimiu, depois, o ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri: de 2003 a 2013, 54 milhões de brasileiros subiram para as classes A, B e C.
Se a previsão de Marinho se confirmar, seriam 39 milhões de uma novíssima classe média, até chegar, portanto, aos 75% da população.
Pelos critérios da Secretaria de Assuntos Estratégicos, fazem parte da classe média (classe C) famílias com renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019.











