Um estudo produzido pelo economista Marco Antônio Montoya, diretor da consultoria DRI (Data Research Insights), de Passo Fundo, aponta que o Rio Grande do Sul, perdeu 181 mil empregos com as enchentes. No PIB(Produto Interno Bruto), o impacto negativo é de -3,5%, o equivalente a R$ 22,3 bilhões. Os impactos diretos somam R$ 10,9 bilhões; indiretos R$ 2,8 bilhões e induzidos R$ 8,5 bilhões. O pesquisador observa que a soma dos efeitos indiretos e induzidos é superior a dos diretos, o que mostra abrangência da catástrofe, nas cadeias produtiva interligadas.
O setor mais impactado foi o agronegócio com -13%), seguido do setor serviços com (-2,91%) e a indústria( -1,4%). Na decomposição, por setor, aparece a agropecuária com (-32%) e o comércio com queda de (-23%), na sua atividade econômica.
Montoya, chama a atenção sobre a abrangência, ou seja, 478 municípios(95% do RS), foram afetados.
O estudo aponta também que o Rio Grande do Sul, é o estado da federação mais afetado por eventos climáticos, principalmente, estiagens, nos últimos 20 anos. O prejuízo nessas duas décadas soma R$ 120 bilhões. Essa particularidade exige das fontes oficiais, muitos recursos, principalmente a fundo perdido, uma vez que os empreendedores enfrentam sérias dificuldades para acessar a novos financiamentos pagando juros, afirmou o economista.