O início da Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, foi marcado por uma interação protocolar e distante entre o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Presidente da Argentina, Javier Milei. A troca de cumprimentos entre os líderes foi breve, sem demonstrações de afeto como abraços ou sorrisos, evidenciando a relação tensa entre os dois.
O contraste foi notável em comparação às interações de Lula com outros líderes, como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, presidente da França, com quem ele manteve um tom mais caloroso e descontraído. A postura reservada com Milei reflete as diferenças ideológicas entre os presidentes e a cautela nas relações bilaterais.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros expressaram preocupação sobre a atuação de Milei durante a cúpula. Há especulações de que o Presidente argentino possa adotar posições alinhadas com o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o que poderia gerar obstáculos nas negociações para a elaboração do texto final do encontro.
Durante a abertura oficial do evento, às 11h05, Lula destacou que o combate à fome será uma prioridade em sua abordagem, colocando a temática acima de questões relacionadas a conflitos armados e investimentos bélicos. “O mundo está pior”, afirmou o presidente brasileiro, em um discurso que buscou engajar os participantes em ações concretas para enfrentar desafios globais.
A cúpula do G20 segue ao longo da semana com discussões que vão desde questões econômicas até a crise climática, e a relação entre os líderes do Brasil e da Argentina promete ser um dos focos de atenção durante o evento.