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Erro de português de Alexandre de Moraes: parlamentares bolsonaristas repercutem Em despacho, o magistrado comete alguns erros de português, como uma imprecisão no uso da crase e a troca de "mas" por "mais"

Foto: Fellipe Sampaio/STF

Parlamentares bolsonaristas ironizaram, nas redes sociais, um trecho da manifestação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgado nessa quinta-feira, para esclarecer as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No despacho, o magistrado comete alguns erros de português, como uma imprecisão no uso da crase e a troca de “mas” (conjunção adversativa) por “mais” (advérbio de intensidade). Ainda pela manhã, contudo, o ministro divulgou uma nova versão do documento para corrigir o equívoco.

Em um trecho da versão inicial, Moraes esclarece a proibição de Bolsonaro usar as redes sociais, o que inclui a utilização por intermédio de outras pessoas. O magistrado reiterou que o ex-presidente pode conceder entrevista, desde que elas não sejam previstas para outro tipo de veiculação.

“Não será admitida a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagens nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”, diz a manifestação.

Segundo o ministro, a constatação desse tipo de utilização das redes, “com a nítida finalidade de continuar a prática das condutas ilícitas”, pode ocasionar a decretação de prisão preventiva para “cessar a conduta criminosa”. Por isso, Moraes escreveu: “como diversas vezes salientei na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça é cega mais (sic) não é tola!!!!!”.

Erro de português de Moraes em despacho sobre Bolsonaro repercute nas redes — Foto: Reprodução
Erro de português de Moraes em despacho sobre Bolsonaro repercute nas redes — Foto: Reprodução

Em outro trecho, o magistrado também trocou “a favor” por ” à favor”: “Efetivamente, não há dúvidas de que houve descumprimento da medida cautelar imposta, uma vez que, as redes sociais do investigado EDUARDO NANTES BOLSONARO foram utilizadas à (sic) favor de JAIR MESSIAS BOLSONARO dentro do ilícito modus operandi já descrito”, escreveu.

Os erros repercutiram entre os bolsonaristas. Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-MG) e Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), além do senador Carlos Portinho (PL-RJ), foram alguns dos parlamentares que divulgaram o equívoco. “Em breve, ‘agente vai censurar'”, zombou Nikolas.

FONTE: O GLOBO

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